FÁCIL PREPARO

Doce de abóbora em pasta

Resquícios arqueológicos sugerem que, assim como o milho e feijão, essa hortaliça fez parte da dieta alimentar de povos que habitavam a América Central. A grande diversidade de cores, formatos e tamanhos que conhecemos hoje é resultado de mais de 10 mil anos de domesticação.

Por Sonia Machiavelli | 20/03/2021 | Tempo de leitura: 3 min
da Redação

Dirceu Garcia/GCN

Doce de abóbora em pasta
Doce de abóbora em pasta

Ingredientes

  • 1 kg de abóbora de pescoço 
  • ½ kg de açúcar cristal
  • 5 cravos-da-índia
  • 1 canela em rama

 

A abóbora é alimento consumido pela  humanidade há milhares de anos. Seu cultivo coincide com o início da era da agricultura. Resquícios arqueológicos sugerem que, assim como o milho e feijão, essa hortaliça fez  parte da dieta alimentar de povos que habitavam a América Central. A grande diversidade de cores, formatos e tamanhos que conhecemos hoje é resultado de mais de 10 mil anos de domesticação. Aliás, ir e vir das sementes de nas Américas  tece  uma história interessante em nosso país.

Planta tipicamente tropical, já fazia parte da alimentação dos indígenas bem antes da colonização. Com a chegada dos colonizadores portugueses, sementes de várias espécies foram levadas para a Europa. Na Península Ibérica, as variedades brasileiras  entraram em contato com outras levadas anteriormente pelos espanhóis que haviam mantido contato com  astecas, maias e incas. E assim elas ganharam o Velho Continente, até que tempos depois, imigrantes europeus vieram para a América trazendo consigo sementes dessas abóboras cruzadas que voltaram ao  chão de origem de suas avós e se desenvolveram de forma fantástica, graças ao solo e ao clima.  

Por outro lado,  os primeiros colonos ingleses chegados  à América do Norte, ficaram encantados com as abóboras encontradas ali e logo passaram a usá-las não só na alimentação, mas também  como peça de decoração. A abóbora-moranga, transformada em luminária, se tornou o símbolo do Dia das Bruxas, o Halloween, comemorado no dia 31 de outubro. No Thanksgiving, o Dia de Ação de Graças, celebração mais importante nos EUA que o Natal, a "pumpkin pie" (torta doce de abóbora) se tornou a sobremesa oficial.
Por aqui a moranga tem seus dias de glória quando recheada com  camarão. O  quibebe de abóbora manteve-se um clássico da cozinha brasileira. E o doce de abóbora, que já foi onipresente nas nossas mesas caboclas, anda meio esquecido nas cidades. Muito fácil de preparar, lindo de se ver por conta de sua cor, delicioso quando acompanhando por um queijinho fresco, o doce em pasta  é mesmo uma tentação. Acompanhe o modo de fazer.

Descasque a abóbora, que deve ser a de pescoço, retire as sementes e fibras, depois corte em cubos pequenos. Numa panela grande, coloque os pedaços de abóbora, o açúcar, os cravos e a canela em rama. Misture, tampe e deixe descansar por uma hora. Você  vai observar  que se formará uma caldo resultante da mistura da água da abóbora desidratada com o açúcar. Então leve ao fogo baixo. Na panela tampada, deixe cozinhar até que a abóbora fique macia e solte mais água para formar uma calda. Mexa de vez em quando com uma espátula para não grudar no fundo. Passados os 30 minutos iniciais,  destampe  e mantenha a panela em fogo baixo. Deixe cozinhar por mais cerca de 30  minutos para a abóbora desmanchar e a calda secar - mexa de vez em quando, pressionando os cubos de abóbora com a espátula para formar uma pasta. Atenção: no final do cozimento o doce ainda deve estar úmido, ele absorve a calda e fica mais firme ao esfriar.

Desligue o fogo, transfira o doce para um pote de vidro (ou compoteira) e deixe amornar. Feche e leve para a geladeira. Sirva puro ou acompanhado de queijo branco.  

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