Salada de grão-de-bico

Os nutricionistas só apontam qualidades na leguminosa que contém antioxidantes, substâncias que neutralizam a ação dos temidos radicais livres. Isso significa que é boa para a integridade e funcionamento do cérebro.

Por Sônia Machiavelli | 31/01/2021 | Tempo de leitura: 2 min
Especial para o GCN

Ingredientes

500 gramas de grão-de-bico

2 latas de atum sólido

1 xícara (chá) de vinagre de vinho

1 xícara (chá) de vinho tinto seco

½ xícara(chá) de azeite extra - virgem

1 cebola grande

2 tomates sem sementes

Salsinha

Sal a gosto

 

Achados arqueológicos referendaram há pouco tempo algo que já se tinha como certo: o berço do grão-de-bico é a Turquia, região onde foi domesticado por volta de 6500 a.C. Seus parentes mais conhecidos são lentilha, ervilha, feijão, soja e amendoim, ramos da família das leguminosas. Atualmente a Índia, com 70% de vegetarianos, ocupa o primeiro posto no ranking mundial de produção e consumo, pois na dieta dos indianos o grão é a principal fonte de proteína. Mas América, México e Argentina estão se tornando grandes produtores, respondendo à crescente demanda nos últimos vinte anos. Quem deixa de comer carne, tendência forte, escolhe o grão-de-bico pelo caráter nutritivo e também pelo sabor, textura e versatilidade no preparo de vários pratos que vão do homus (pasta com gergelim), presente na mesa das populações da Síria, Jordânia, Líbano e Israel, aos ricos ensopados criados pelos povos do norte da África. Os árabes, nas guerras religiosas que os levaram a atravessar Gibraltar e avançar pela Península Ibérica, onde ficariam oito séculos, deixaram em Portugal e Espanha sua marca gastronômica. De Portugal o grão-de-bico veio parar no Brasil.

Os nutricionistas só apontam qualidades na leguminosa que contém antioxidantes, substâncias que neutralizam a ação dos temidos radicais livres. Isso significa que é boa para a integridade e funcionamento do cérebro. Carboidratos, vitaminas, fibras e minerais também são parte de uma combinação à qual se reúne o triptofano, um aminoácido de papel fundamental na produção da serotonina, neurotransmissor responsável por nossa sensação de bem-estar. Talvez por esta explicação, que é recente, a ciência lance luz na antiga crença de algumas regiões do Crescente Fértil onde o alimento é conhecido como afrodisíaco.

A receita de hoje deveria fazer parte do cardápio de homens e mulheres de todas as idades. Prepará-la é superfácil, sobretudo agora, quando já estão chegando aos supermercados o grão-de-bico cozido, prontinho para ser usado. Se for usar o seco, coloque-o de molho por 12 horas no mínimo. Depois despeje na panela de pressão, cubra com água e leve a cozinhar em fogo médio por 30 minutos com 1 colher (sopa) de sal. Quando cozido, escorra a água e deixe esfriar. Misture o vinho tinto com o vinagre e reserve. Pique a cebola em cubinhos miúdos e deixe de molho em ¼ dessa mistura; reserve o líquido restante. Retire as sementes dos tomates, corte em cubinhos e reserve. Cozinhe os ovos e corte-os em quartos. Pique fino a salsinha. Monte o prato. Em um pirex coloque o grão-de-bico, a cebola com seu líquido, tomate, salsa, atum escorrido e sal a gosto. Despeje o restante do vinagre de vinho, misture, acerte o sal, mexa delicadamente e regue com o azeite. Decore com ovos cozidos e sirva como entrada, salada ou prato principal acompanhado por pão sírio.

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