Batata-doce chique

Quarta hortaliça mais cultivada no Brasil, tem grande relevância econômica e social, principalmente pela rusticidade, grande adaptação climática e rápida produção. Até as folhas e brotos são comestíveis após breve cozimento.

Por Sônia Machiavelli | 24/01/2021 | Tempo de leitura: 3 min
Especial para o GCN

Ingredientes

(para quatro pessoas)

 

2 batatas-doces grandes

2 colheres (sopa) de geleia de laranja com pimenta

½ xícara (chá) de queijo gorgonzola em lascas

1 colher (sopa) de manteiga sem sal

1 fio de azeite

1 pitada de sal

 

Até há pouco tempo, receitas com batata-doce costumavam aparecer na midia especializada em culinária apenas nos meses de junho e julho, pois são ingredientes típicos da festas juninas desde o Brasil colonial. Chamada pelo tupis de jatica e jetica, originária dos Andes, espalhou-se pelos trópicos. O adjetivo é uma referência ao gosto doce do tubérculo. Possui diversas variedades cultiváveis, divididas em de mesa (ou de mercado) e forrageiras, ambas podendo ser encontradas nas cores amarela, branca e roxa. A classificação obedece a critérios como formato, tamanho, doçura, precocidade, cor das folhas e até coloração das flores, entre outras. Quarta hortaliça mais cultivada no Brasil, tem grande relevância econômica e social, principalmente pela rusticidade, grande adaptação climática e rápida produção. Até as folhas e brotos são comestíveis após breve cozimento. Saborosas e nutritivas, são parentes muito próximas de verdura bastante utilizadas na Ásia e cultivada no Brasil por imigrantes japoneses. Em nosso país é usada inclusive como planta ornamental, por conta de suas folhas e flores bonitas. Em Gramado, no Rio Grande do Sul, podemos vê-las em jardineiras.

Ultimamente, os nutricionistas passaram a incluir a batata-doce na dieta dos que precisam perder peso e ela se tornou o “must” de nove entre dez pessoas que buscam emagrecer. Tem sabor excelente, levemente acastanhado, daí constiuirem ingrediente de um marron glacé industrializado, imitação do doce francês feito com castanhas. A grande vantagem para quem está de dieta é a capacidade desse tipo de batata de saciar a fome por mais tempo que outros tubérculos, além da baixa quantidade de carboidratos. Assim, foram desenvolvidas por chefs conhecidos algumas receitas que fogem à tradicional batata assada ou frita. A que hoje trago para os leitores é uma adaptação da colunista Patrícia Ferraz para a criação do chef Marcelo Bastos, do restaurante paulistano Jiquitaia. Experimentei, gostei muito e por isso ela aqui está, em texto e foto. Facílima de preparar, é entrada chique pela apresentação bonita, ou excelente acompanhamento para carnes vermelhas ou aves.

Comece lavando bem as batatas-doces. As roxas ficam mais bonitas, mas as brancas são mais doces. Escolha. Cozinhe inteiras, com casca, em água fervente com sal, para realçar o sabor. Em geral levam vinte minutos para chegar ao ponto. Espete um garfo ou palito para ver se estão internamente cozidas. Espere esfriar , escorra-as, corte em rodelas grossas, de dois centímetros. Derreta a manteiga na frigideira, junte um fio de azeite para a manteiga não queimar. Doure as rodelas de um lado e depois do outro. Elas devem ficar douradas. Não mexa muito com elas. Doure de um lado e depois de outro. Retire-as da frigideira, ajeite-as na travessa de ir à mesa. Distribua sobre elas as lascas de gorgonzola . Sobre o queijo, espalhe a geleia de laranja com pimenta biquinho. A geleia de maçã também combina. Sirva quente. Impossível não gostar.

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