Mousse de café

Pela manhã, depois das refeições, no meio da tarde, não existe um horário pré-determinado para o consumo de uma xícara de café.

22/07/2018 | Tempo de leitura: 4 min

Ingredientes
 1 lata de leite de vaca
 1 lata de leite condensado
 1 lata de creme de leite
 2 colheres de café solúvel
 2 colheres de chocolate em pó
 1 cálice de licor de café
 1 colher (sopa) de gelatina em pó
 Ramas de canela
 Folhinhas de hortelã
 
Pela manhã, depois das refeições, no meio da tarde, não existe um horário pré-determinado para o consumo de uma xícara de  café. Tem quem tome ao longo de todo o dia, para afastar sono ou driblar trabalho entediante. E  tem quem não goste, de jeito nenhum, nem com leite. Mesmo assim, sem conquistar unanimidade, ele continua mantendo sua forte  presença na mesa e nos balcões onde baristas se esmeram no preparo da bebida, usando grãos diversos, blendeds especiais e  técnicas cada vez mais apuradas  de extração de sabor. O consumo gigantesco ao redor do mundo ensejou a criação de uma data internacional a ele dedicada: 14 de abril é  o Dia Mundial do Café.
 
Faço um  parênteses porque de repente me lembrei de uma música popularizada pela voz de  Roberto Luna nos anos 60. A letra, cujo autor não consegui identificar, dizia assim: “Bom dia, café !/  O café que a gente toma/ E que tem o doce aroma/ Desta terra primaveril// Bom dia, café ! /Ouro verde esperança,/ Que a brisa beija e balança,/ Nas manhãs do meu Brasil.// Bom dia, café! /Bronzeado e moreno, /Meu cafezinho pequeno,/ Que gostoso que você é.// Bom dia, café !/ De manhã que coisa louca,// Delicia nossa boca,/ Bom dia, meu café. “ Tenho a impressão de que cantamos  isso em alguma festa cívica  da Lúcia Gissi Ceraso...
 
Fecho o parêntese. As propriedades estimulantes do café foram descobertas por um pastor etíope que observou alterações no comportamento de seu rebanho depois que os animais ingeriam os frutos vermelhos de um arbusto rústico. O pastor decidiu prová-los e logo ficou literalmente animado pelo sabor e aroma. A partir daí, o café conquistou os países árabes, chegando bem depois à Europa. Assim aprendemos na escola, em cujos livros do século passado fiquei sabendo também que as primeiras sementes chegaram ao nosso país escondidas entre as flores com que a mulher do administrador de Caiena presenteou certo militar brasileiro chamado Francisco de Mello Palheta. Sim, vieram contrabandeadas pelo também diplomata que as trouxe das Guianas para serem cultivadas em nosso País. O detalhe pitoresco, que confirma ser o gênio dos homens, mais o acaso da história, aquilo que explica o planeta em que vivemos, encontra-se  como nota de rodapé no livro de Charles Mann, recém-lançado pela Casa das Letras, “A descoberta do Novo Mun
do que Cristóvão Colombo criou”. 
 
 Palavra derivada do árabe “gahwa” (“aquilo que impede o sono”), o café foi originalmente consumido em forma de chá. Na Turquia, tomou a forma como o conhecemos quando se descobriu que os grãos torrados e moídos ficavam muito bons como infusão coada. Desde então só ganhou espaços, seja o do tipo “arábico”, intenso e de sabor nobre, seja o  “robusta”, com aroma mais suave. Especialistas dizem que a cafeína excita o sistema nervoso central, age sobre o sistema muscular (principalmente sobre o músculo cardíaco), ajuda no rendimento físico e intelectual, aumenta a concentração. E já são encontrados outros empregos do café, em segmentos como estética, saúde, gastronomia. Neste último é o uso mais conhecido e se antes era utilizado apenas em receitas doces, hoje já comparece singularizando pratos salgados que ganham toque especial, inusitado e saboroso. Na área das sobremesas mais requintadas, entra na composição do famoso Bolo Diplomata, faz bonito na Bala de Café e desperta elogios em quem experimenta a Mouse de 
Café. Receita criada pela chef francesa Joséphine, do restaurante paulistano homônimo, esta última  leva apenas vinte minutos para ser preparada e mais duas horas de geladeira. Não tem erro. 
 
Reúna os ingredientes: leite condensado, creme de leite, leite de vaca, chocolate, café solúvel, canela em rama, licor de café, gelatina em pó. Dissolva a gelatina em água, conforme a instrução do fabricante. Aqueça o leite e nele dissolva o café solúvel. Misture o chocolate. Mexa e espere esfriar. Coloque no copo do liquidificador a mistura de leite, a gelatina, o leite condensado e creme de leite. Bata por dois minutos. Despeje em taças grandes e leve para  gelar por duas horas. Quando estiverem firmes, decore com Chantilly, canela em rama e em pó, folhas de hortelã.

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