Funcionários que atuam na GF Serviços Terceirizados, em Araçatuba, estraram em greve e anunciaram uma mobilização para a próxima segunda-feira (29), às 9h, em frente à Prefeitura Municipal. O movimento é liderado pelo sindicato da categoria, que denuncia uma série de descumprimentos de direitos trabalhistas por parte da empresa responsável pelos contratos.
Segundo o sindicato, além de atrasos recorrentes e irregularidades no cumprimento de obrigações legais, os trabalhadores foram surpreendidos às vésperas do Natal com o não pagamento da segunda parcela do 13º salário, o que agravou ainda mais a situação financeira das famílias afetadas.
“O trabalhador não pode ser penalizado pela má gestão ou pela falta de compromisso da empresa. Estamos falando de pais e mães de família que fecharam a semana do Natal sem receber um direito básico garantido por lei. A greve é resultado do esgotamento do diálogo”, afirmou o presidente do sindicato.
De acordo com a entidade sindical, diversas tentativas de contato foram feitas ao longo dos últimos meses para que a empresa regularizasse pendências trabalhistas, sem sucesso. Diante do impasse, o sindicato se reuniu com a Prefeitura para relatar a situação e solicitar providências. Após alguns dias, o prefeito Lucas Zanatta obteve na Justiça o bloqueio dos pagamentos destinados à empresa até janeiro de 2026, e o município deverá fazer o repasse de salários e alguns benefícios diretamente aos funcionários.
No entanto, até o momento, a segunda parcela do 13º salário ainda não foi paga pela empresa aos trabalhadores, assim como outros direitos trabalhistas que, segundo o sindicato, seguem sendo ignorados.
A mobilização de segunda-feira deve reunir servidores, representantes sindicais e apoiadores, com o objetivo de cobrar providências imediatas do poder público e uma solução definitiva para o impasse.
“O município não pode fechar os olhos. Se o serviço é prestado à população, a responsabilidade também é do contratante. Não aceitaremos que os direitos dos trabalhadores continuem sendo ignorados”, completou o presidente do sindicato.
Até o fechamento desta matéria, a empresa não havia se manifestado oficialmente sobre as denúncias.
A reportagem informou que tentou contato com a filha do diretor da empresa, responsável pelo atendimento à imprensa, mas, assim como em outras ocasiões, não obteve retorno. Em uma única resposta, a empresa afirmou que não deve explicações a este canal de imprensa, mas apenas à gestão do município e aos seus funcionários. O espaço segue aberto.