Botucatu - A Prefeitura de Botucatu (100 quilômetros de Bauru), em parceria com Ministério da Saúde e Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/Unesp), definiu nesta semana, durante uma reunião realizada na sede do Executivo, que a vacinação em massa contra a dengue no município com a nova vacina nacional, produzida pelo Instituto Butantan, será realizada no dia 1 de fevereiro de 2026.
O encontro para organização do sistema de imunização ocorreu na última quarta-feira (17) e contou com a participação do prefeito Fábio Leite, do vice-prefeito e secretário municipal de Saúde, André Spadaro, e de representantes do Ministério Público (MP) e da Justiça Eleitoral.
De acordo com a administração, a estratégia adotada seguirá o modelo bem-sucedido utilizado durante a pandemia da Covid-19, quando Botucatu se tornou referência nacional ao realizar a vacinação em massa, imunizando praticamente toda a população em um único dia.
"Botucatu novamente mostra que sabe agir com responsabilidade e planejamento quando o assunto é cuidar de pessoas. Tivemos a pior epidemia de dengue da nossa história em 2024 e não podemos permitir que isso se repita. A vacina é segura, eficaz e salva vidas. Vamos organizar uma grande mobilização, como fizemos na pandemia da Covid-19, para proteger nossa população e reduzir casos graves e mortes”, destacou o prefeito Fábio Leite.
A vacinação será destinada à população de 15 a 59 anos, faixa etária com maior mobilidade social, escolar e laboral, e que concentra grande parte das transmissões observadas nas epidemias recentes. O imunizante é aplicado em dose única e possui segurança e eficácia comprovadas por estudos clínicos, mesmo que a pessoa já tenha tido dengue anteriormente.
Estudos apontam que a vacinação contra a dengue pode reduzir em até 80% as internações e prevenir cerca de 50% dos óbitos relacionados à doença. O cronograma oficial de vacinação, locais e orientações específicas serão divulgados em breve nos canais oficiais da Prefeitura.
A prefeitura ressalta que a vacinação é uma ferramenta poderosa, mas não substitui o controle do Aedes aegypti, único transmissor da dengue. "A eliminação de criadouros continua sendo essencial e depende da mobilização conjunta entre poder público e moradores", pontua, em nota.