CÂMARA DE BAURU

Maratona legislativa acaba em voz de prisão e confirmação de PL

Redação
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Voz de Prisão
Por volta das 16h25 da tarde desta quarta-feira (10) da sessão da Câmara Municipal de Bauru iniciada na segunda-feira (8), interrompida na terça (9) e que teve sequência ontem, uma discordância de Eduardo Borgo (Novo) em relação a uma decisão do presidente da Casa fez com que o vereador de oposição, ao final de uma discussão, desse voz de prisão ao colega Markinho Souza (MDB). O pedido foi registrado por Borgo nas polícias Militar e Civil por abuso de autoridade.

Cobrou a tarifa
Cabo Helinho (PL) cobrou, durante a sessão de ontem, um decreto da prefeita Suéllen Rosim (PSD) com a criação de tarifa para a concessão do lixo. Essa era a expectativa de alguns vereadores da base de apoio para antes da polêmica e extenuante votação do PL do Lixo na segunda/terça-feira, pela qual conseguiram aprovar o projeto, não sem desgaste junto à população. No final de sua intervenção, Helinho pediu sobrestamento do PL do Lixo por duas sessões, mas não conseguiu 11 votos para isso. Veja como foi a sequência da sessão no link - https://sampi.net.br/bauru/noticias/2948098/politica/2025/12/em-26h-com-voz-de-prisao-e-discussao-camara-aprova-25-processos

Contrato irregular
A vereadora Estela Almagro (PT) comentou notícia divulgada em primeira mão pelo JCNET na terça-feira sobre decisão da Segunda Turma do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que julgou irregulares o chamamento público e a contratação da Organização Social (OS) Avante, para gestão da UPA do Mary Dota, por R$ 20 milhões anuais. Estela lembrou de seus alertas na época da contratação. E disse que esperava que o Ministério Público tivesse investigado, na época.

Circulando
O coordenador do Procon municipal, Hudson Chaves, tem sido visto com frequência na Câmara Municipal de Bauru. Ontem, durante a sequência da sessão que começou na segunda-feira, a vereadora Estela Almagro questionou a presença dele em pleno expediente. Comenta-se nos corredores do Poder Legislativo que Hudson vai ocupar um cargo na assessoria da presidência da Câmara.

Sob críticas
Após muitas críticas dentro do PDT, seu partido, e mesmo entre pessoas que acompanham seu mandato, o vereador Natalino da Pousada enviou nota ao JCNET nesta quarta-feira (10) explicando os motivos de seu voto no Projeto de Lei (PL) que autorizou o governo municipal a fazer a concessão do lixo à iniciativa privada. Basicamente, Natalino disse que se convenceu da viabilidade do PL após ouvir argumentos da prefeitura e de especialistas. Leia em detalhes as explicações do vereador no link - https://sampi.net.br/bauru/noticias/2947998/politica/2025/12/natalino-explica-voto-no-pl-do-lixo-e-rebate-criticas-do-pdt

Em conflito
De quebra, Natalino criticou o PDT. O partido havia informado que vai discutir a possibilidade de sua expulsão em razão do posicionamento do vereador na sessão que aprovou o PL do Lixo. Natalino afirmou que em nenhum momento o partido o procurou para discutir o assunto e que vai lutar para que a tarifa que recairá sobre os bauruenses seja a mais baixa possível...

PDT desmente
Uma pessoa do PDT entrou em contato com a coluna para desmentir Natalino. Afirma que tanto o presidente do partido, José Xaides, quanto a secretária, Fátima Ferre, e também o dirigente Gabriel Placce falaram com ele antes da votação para avisá-lo que o Estatuto, o Manifesto e o Programa do partido têm posição contrária à concessão de serviços como o lixo: ‘Pela proteção do patrimônio nacional e contra apropriação privada de serviços essenciais. PPPs de serviços públicos estratégicos, como limpeza urbana e resíduos sólidos, deslocam um serviço essencial do controle público para a iniciativa privada, o que contraria o princípio da defesa do patrimônio e dos bens coletivos’.

Manifesto
O Manifesto do partido afirma que “O PDT é nacionalista, anti-neoliberal e luta contra a entrega de serviços públicos ao capital privado. Defende o povo como único detentor da soberania e critica modelos de concessão e dependência econômica". E o Programa do partido prega que “Serviços urbanos básicos devem ser de responsabilidade pública. O Estado deve ‘controlar e planejar’ serviços essenciais, com participação popular. O partido combate a concentração de serviços estratégicos na mão de grandes grupos econômicos".

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