CRIATIVIDADE

Bauru: 'fábrica de chocolate' ajuda alunos a aprender matemática

Por Priscila Medeiros | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
Alunos do 4° anos durante a aula de matemática sobre fração
Alunos do 4° anos durante a aula de matemática sobre fração

Transformar a sala de aula em uma 'fábrica de chocolates' foi o método utilizado pela professora Leila Sandes para ensinar frações aos alunos do quarto ano da Escola Estadual Luiz Braga, no Jardim América.

Há 20 anos na profissão, inclusive na Educação Especial, Leila conta que sempre busca técnicas capazes de incluir todos os estudantes na aprendizagem, principalmente os com dificuldades de leitura. Por meio de múltiplos recursos, lança mão de materiais táteis e visuais para que as aulas sejam mais lúdicas e concretas.

Com esse objetivo, ela criou o jogo “Frações: Fábrica de Chocolates”, que busca aproximar a matemática do cotidiano dos estudantes. Nele, os alunos são divididos em grupos, e cada um tem uma função. Todas as equipes devem passar por quatro estações, cada uma com um grau de dificuldade diferente.

“Cada grupo passava por uma estação, pegava cards e tinha que responder às questões sobre fração. Havia barras de chocolate inteiras, um quarto da barra, um terço e assim por diante: vários pedaços de barras de chocolate. Cada criança tinha uma função, sendo uma responsável por pegar os cards, outro por observar a fração, outro por fazer a leitura. A ideia é que todos participem e que, depois, saibam exercitar isso no livro”, explica a professora.

De acordo com Leila, outra intenção da atividade é fazer com que os alunos compreendam o fato do conhecimento científico estar conectado com a realidade deles. "Na receita da avó, na pizza que comem, na metade do lanche que dividem com o colega”, ressalta.

Com esse tipo de abordagem, que torna o ensino acessível e prazeroso, a professora observou avanço concreto na compreensão de matemática e no desenvolvimento socioemocional da turma. Para ela, o resultado pôde ser medido no bom desempenho dos estudantes na Prova Paulista, do governo estadual. A média da classe subiu de 57,4% no segundo bimestre para 72,2% no terceiro. Esse resultado fez com que o projeto fosse escolhido pela Diretoria Regional de Ensino de Bauru para ser apresentado no 2º Seminário de Boas Práticas do Programa Alfabetiza Juntos SP, que será realizado no dia 12 de dezembro, em São Paulo.

Para Leila, mais importante que ter seu projeto escolhido é ver a aprendizagem dos alunos. “É gratificante ter meu projeto selecionado, mas fico mais feliz quando meus alunos fazem o cálculo, compreendem e conseguem perceber que aquilo que vivenciam pode ser colocado no papel. A alegria deles ao final de cada atividade, para mim, foi o mais importante”, ressalta.

A professora também estimula a participação de cada estudante nas atividades, mostrando que o erro faz parte do processo. Como incentivo diário, colocou na sala um cartaz com a frase. “O erro é um passo corajoso para quem quer aprender”. “É para que eles sempre se lembrem disso e não tenham medo”, destaca.

Professora e alunos durante atividade
Professora e alunos durante atividade
Professora Leila Sanches
Professora Leila Sanches
Parte do material utilizado
Parte do material utilizado

Comentários

Comentários