ECONOMIA

Inflação mais comportada


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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,09% em outubro, segundo dados divulgado pelo IBGE. O resultado representa uma desaceleração de 0,39 ponto percentual em relação a setembro, quando os preços subiram 0,48% com o aumento na conta de luz. O recuo em outubro também ficou abaixo da expectativa do mercado, que previa um aumento entre 0,10% e 0,16% nos preços. Segundo o IBGE, a taxa é a menor para um mês de outubro desde 1998, quando foi registrado 0,02%. Com esses dados, a inflação oficial do país acumula alta de 3,73% em 2025 e 4,68% nos últimos 12 meses. Em outubro do ano passado, 2024, o IPCA havia avançado 0,56%.

Grupo vestuário liderou a alta

Em outubro, o grupo Vestuário liderou a alta dos preços, subindo 0,51% e contribuindo com 0,02 ponto percentual no índice geral. No mês passado, esse grupo teve um alta ainda maior, 0,63%. Por outro lado, a energia elétrica foi a principal influência negativa no índice do mês (-0,10 p.p.), com destaque para a energia elétrica residencial, que registrou queda de 2,39%.

Inflação por grupos

Veja o desempenho por grupos: Alimentação e bebidas: 0,01%; Habitação: -0,30%; Artigos de residência: -0,34%; Vestuário: 0,51%; Transportes: 0,11%; Saúde e cuidados pessoais: 0,41%; Despesas pessoais: 0,45%; Educação: 0,06% e Comunicação: -0,16%.

COPOM mantém aperto monetário

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central informou em sua ata ter "maior convicção" de que a taxa básica de juros de 15% ao ano é suficiente para assegurar a convergência da inflação em torno da meta, que é de 3%, com intervalo de tolerância de até 4,5%."O Comitê dá prosseguimento ao estágio em que opta por manter a taxa inalterada por período bastante prolongado, mas já com maior convicção de que a taxa corrente é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta", diz o colegiado. No último encontro do Copom, o grupo manteve a Selic em 15% ao ano pela terceira vez consecutiva desde que interrompeu o ciclo de aperto monetário, em julho. Com isso, a Selic segue no maior patamar desde 2006. No último encontro do Copom, o grupo manteve a Selic em 15% ao ano pela terceira vez consecutiva desde que interrompeu o ciclo de aperto monetário, em julho. Com isso, a Selic segue no maior patamar desde 2006. O Copom reiterou que seguirá "vigilante" e que não hesitará em retomar o ciclo de alta se julgar apropriado. A próxima reunião está agendada para 9 e 10 de dezembro.

Volume de serviços tem alta de 0,6%

Em setembro de 2025, o volume de serviços avançou 0,6% frente ao mês anterior. É o oitavo resultado positivo seguido, período em que acumulou alta de 3,3%. Com isso, o setor está 19,5% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e renova, neste mês, o ápice da sua série histórica. Frente a setembro de 2024, o volume de serviços avançou 4,1%, a 18ª. taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano foi de 2,8%. Em 12 meses, houve alta de 3,1%, mantendo, portanto, o ritmo de crescimento frente ao acumulado até agosto (3,1%).

Os destaques positivos e negativos

A expansão de 0,6% no volume de serviços, na passagem de agosto para setembro de 2025, foi acompanhada por três das cinco atividades, com destaque para os transportes (1,2%), que emplacaram o segundo resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 1,5%. Os demais avanços vieram de informação e comunicação (1,2%) e de outros serviços (0,6%), com o primeiro ramo se recuperando da perda de 0,5% observada em agosto; e o último assinalando o terceiro avanço seguido, com ganho acumulado de 2,5%. Em contrapartida, os serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) e os prestados às famílias (-0,5%) registraram os recuos do mês.

Mude já, mude para melhor!

O reducionismo na avaliação da política é preocupante, pois simplifica a complexidade das relações de poder e ignora a multiplicidade de fatores que influenciam as decisões políticas, levando a análises superficiais e potencialmente enganosas. Mude já, mude para melhor!

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