A alta no preço dos combustíveis tem levado muitos motoristas a buscarem alternativas inteligentes para reduzir os custos do dia a dia. E, para isso, um fator fundamental e muitas vezes negligenciado, está logo abaixo do veículo: os pneus.
Em um cenário onde cada real economizado faz a diferença, especialistas compartilham conhecimento que transforma gastos em economia. Essa atenção, quando aplicada, pode gerar uma economia de até 10% no consumo de combustível e prolongar a vida útil dos pneus em até 25%.
Os pneus influenciam o consumo de combustível por meio da resistência ao rolamento, que é a força que o motor precisa aplicar para manter o veículo em movimento. Pneus com baixa resistência exigem menos esforço do motor, resultando em menor consumo de combustível.
Outro ponto que faz diferença é a medida dos pneus. Pneus muito largos, por exemplo, aumentam a área de contato com o solo, exigindo mais esforço do motor e, consequentemente, elevando o consumo. Por isso, é essencial utilizar as medidas recomendadas pelo fabricante do veículo para garantir o melhor desempenho e economia.
A calibragem correta também é essencial para otimizar o consumo. Pneus com pressão abaixo do recomendado aumentam o atrito com o solo, comprometendo a dirigibilidade e forçando o motor a trabalhar mais, aumentando o consumo de combustível - além de reduzir a segurança. Por isso, verificar a pressão regularmente é uma prática simples que faz grande diferença.
Além dos cuidados técnicos, a forma de dirigir impacta diretamente tanto a durabilidade dos pneus quanto a eficiência do veículo.
Acelerações bruscas e frenagens repentinas desgastam os pneus mais rapidamente e aumentam o gasto de combustível. Dirigir de forma consciente, com movimentos suaves, ajuda a economizar e prolonga a vida útil dos pneus.
A escolha do tipo de pneu também pesa na balança. Pneus com sulcos muito profundos, próprios para terrenos irregulares, são ideais para off-road, mas podem aumentar o consumo em trajetos urbanos devido à maior resistência. Para uso principalmente em ruas e estradas pavimentadas, prefira modelos com design equilibrado, que garantem segurança e economia.
Outro aliado da economia é a tecnologia. Aplicativos que monitoram o consumo de combustível e ajudam a planejar o abastecimento podem ajudar a manter os gastos sob controle e apoia o motorista em uma direção mais eficiente.
Quatro dicas essenciais

1. Realize inspeções visuais
Tenha sempre o hábito de olhar seus pneus. Através de inspeções visuais constantes será possível detectar se há objetos estranhos alojados nos pneus, como pregos, arames, gravetos ou pedras, que deverão ser retirados. Você deve verificar também se há sinais de desgaste irregular dos pneus, que podem indicar a necessidade de alinhamento ou balanceamento.
2. Faça rodízio dos pneus
Normalmente, os pneus do eixo dianteiro se desgastam mais rapidamente. Assim, a técnica do rodízio serve para equalizar o desgaste entre todos os pneus, o que proporciona um conjunto uniforme durante toda a sua vida útil. O rodízio deve ser feito a cada 10 mil quilômetros rodados, trocando as rodas de lugar e levando em conta o lado em que está instalada e se foi utilizada em eixo tracionado.
3. Alinhe a suspensão
O procedimento mais comum para se preservar os pneus é o alinhamento da suspensão. Isso porque o conjunto de roda e pneu foi projetado para reagir de maneira adequada ao torque aplicado nele. Com a suspensão desalinhada, o desgaste no pneu será irregular, o que exigirá sua troca prematura. A recomendação é fazer o procedimento a cada 10 mil quilômetros, ou antes, se notar que a direção puxa para qualquer lado, sinal claro de que o carro já está desalinhado.
4. Balanceie as rodas
O balanceamento é feito por meio da colocação de pesos de chumbo em pontos específicos da roda, de maneira que ela gire uniformemente sobre o próprio eixo.
Sempre que perceber vibrações no volante ou na cabine, procure ajuda de um profissional, pois este é o indício mais claro de que o carro está desbalanceado. Em situações normais, recomenda-se fazer o balanceamento a cada 10 mil quilômetros rodados, quando se troca os pneus ou quando se faz o rodízio das rodas. Alguns dos riscos de não fazer o procedimento incluem o desconforto ao dirigir, a perda da estabilidade do veículo, o desgaste prematuro dos pneus ou até mesmo o seu rompimento em razão das vibrações.
Cuide da calibragem regularmente

Para a durabilidade dos pneus a calibragem é essencial e deve ser conferida regularmente, pois tanto a falta quanto o excesso de pressão são prejudiciais para os pneus e também é perigoso para os ocupantes dos veículos. Entenda porque é preciso manter a calibragem ideal em cada caso.
• Baixa pressão nos pneus
Induz maior atrito com o solo, o que faz aumentar o desgaste e pode diminuir sua vida útil em até 30%. Os pneus vazios também se deformam mais e podem sofrer danos em decorrência de imperfeições no solo, como buracos, por exemplo. Dependendo do dano, o pneu fica inutilizável e precisa ser substituído imediatamente.
• Alta pressão nos pneus
Diminui a área de contato do pneu com o solo, aumentando o risco de travamento das rodas em caso de frenagem ou a perda de trajetória.
Além disso, por estarem mais rígidos, os pneus excessivamente cheios transmitem mais as irregularidades do solo para o sistema de suspensão e para a cabine do veículo, diminuindo o conforto e a durabilidade da suspensão.
• Qual é a pressão ideal para calibragem dos pneus?
O indicado é sempre manter os pneus do seu carro com a pressão especificada pelo fabricante, e conferir a calibragem dos pneus semanalmente ou antes de fazer uma viagem mais longa. Deve-se calibrar os pneus quando estiverem frios, para evitar uma diferença na pressão por causa das altas temperaturas.