Parece notícia repetida, mas não é: para o desespero dos moradores, na tarde desta quarta-feira (1), o fogo voltou à Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) localizada no Jardim Colonial, na chamada Floresta Urbana, em Bauru. Desde domingo (28), os que vivem na região enfrentam as chamas, fumaça, medo e insegurança.
É possível que as novas labaredas sejam decorrentes das brasas remanescentes sob a camada espessa de folhas e galhos caídos das árvores. Nas imagens dos vídeos recebidos pela redação, chamas altas são vistas na avenida Luís Edmundo Coube (que dá acesso ao câmpus da Unesp) e região da Ceagesp.
Em outros pontos – é o caso da rua Maria Cecília de Oliveira - há relatos de munícipes utilizando água das piscinas para molhar o que restou da mata atrás dos muros das residências, com medo de que o fogo volte como acontece nas proximidades.
A fumaça oriunda das queimadas tem provocado reclamações no campus da Unesp, onde alunos, professores e funcionários relatam dificuldade para respirar. Os estudantes mobilizam os centros acadêmicos para reivindicar aulas online, uma vez que vários universitários já deixaram as aulas por problemas respiratórios.
Hidrante
O Departamento de Água e Esgoto enviou técnico para verificar as condições do hidrante situado em frente à portaria principal da graduação da Unesp, na quadra 14 da avenida Engenheiro Luís Edmundo Carrijo Coube. O local fica próximo de um dos acessos à mata que pegou fogo na noite desta terça-feira.
Por conta da situação, um morador, em desespero, tentou recorrer ao dispositivo e informou à reportagem que ele estava seco. No entanto, de acordo com a autarquia, durante vistoria realizada na manhã desta terça-feira (1), foi constatada a presença de água em quantidade suficiente no hidrante mencionado.
“A autarquia esclarece ainda que, conforme estabelece a Lei Municipal nº 5.986/2010, a aquisição dos hidrantes é de responsabilidade do proprietário do imóvel, que deve entregá-los ao DAE para que sejam instalados. Após a instalação, a manutenção dos hidrantes urbanos de incêndio é de responsabilidade do DAE, em parceria com o Grupamento de Bombeiros”, consta da nota.