CUIDADORA

Bauruense compra carro para abrigar gatos e história repercute

Por Mavi Bertotti | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
Ana Cláudia Forti Naime encontrou alternativa para driblar dificuldade
Ana Cláudia Forti Naime encontrou alternativa para driblar dificuldade

Comprar um carro pensando no conforto... de três gatos. Essa foi a solução — inusitada, criativa e agora famosa — que a bauruense Ana Cláudia Forti Naime, de 36 anos, encontrou para contornar as regras do condomínio onde vive e continuar cuidando de Pititico, Frajolão e Dr. Wagner, três gatos comunitários que conquistaram a vizinhança, mas não se adaptaram à vida de apartamento.

A história, que há três anos circulava apenas entre os moradores do residencial no bairro Bela Vista, ganhou destaque nacional após uma entrevista concedida ao jornalista Chico Felitti. Desde então, o chamado "carro dos gatos" — um Ford Fiesta 2000 comprado exclusivamente para servir de casa aos bichanos — virou sensação nas redes sociais, e Aninha (como é conhecida) viu sua rotina com os felinos viralizar.

A decisão veio após diversas tentativas frustradas de abrigar os gatos dentro do apartamento e algumas multas aplicadas pelo condomínio, que proíbe deixar potes de água e ração nas vagas da garagem. "Era isso ou deixá-los desamparados. Então pensei: por que não um carro?", conta ela.

Por R$ 9 mil, comprou o Fiesta em bom estado de conservação e o estacionou permanentemente em uma vaga extra que aluga. O veículo funciona normalmente, mas sua única rota é até o lava-rápido. Dentro, os gatos têm conforto, abrigo e total autonomia — com janelas entreabertas e acesso livre ao estacionamento.

Apesar da aparência de "casa maluca", o cuidado é levado a sério: Aninha gasta cerca de R$ 400 por mês com alimentação, plano veterinário e a própria vaga onde o carro fica. O trio felino já se tornou conhecido entre os vizinhos, recebendo carinho das crianças e atenção de outros moradores, que também ajudam com os cuidados.

O sucesso da história fez surgir até propostas de compra do carro — todas recusadas. "Não tem preço que pague o bem-estar deles. Vender? Nem pensar. Eles são os donos do carro."

Hoje, Pititico, Frajolão e Dr. Wagner seguem dormindo no banco de trás, com a dignidade de quem tem casa própria — sobre quatro rodas — e uma tutora que fez tudo para garantir isso.

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