A carta de Paulo Marqui Sobrinho sobre o Padre Beto (JC de 18/9), inteligente, carismático, cultura geral rara, humanizado, humilde e amigo, foi maravilhosa. Conheci o Padre Beto - ainda é Padre sim, faz milhares de casamentos pelo Brasil e é do bem, como poucos que ficaram ao lado dele quando defendeu o casamento gay e outras pautas que Jesus pregou - na ITE, em 2002, último ano de Direito, foi meu orientador do TCC sobre a ONU e seus erros - e fiquei sabendo que os TCCs iam pro lixo depois, e ele veio num churrasco em casa, nadou, com duas amigas e um amigo, Eduardo Montoya, meu melhor amigo na faculdade, que também mora em Piracicaba.
Vários anos depois, conheceu meus pais, que sempre frequentaram suas missas e até hoje na humanidade livre, onde ele vem todo domingo. Criou nos bares cultura de todos os tipos com valor simbólico de 1 real e me lembro com saudades do Coisas da Roça, bar sensacional. Criou também um cinema clube, onde assisti vários filmes, exclusivamente na USP.
Tinha 1200 pessoas nas missas, de pessoas de todas as classes sociais, com a melhor homilia que já vi. Olha que não gosto dos gestos e repetições das missas, mas nessa hora voltava para ver, refletir e praticar as palavras tão incríveis. Músicas católicas e de outros estilos encantavam a todos. Até que por inveja, pela elite ignóbil e homofóbica foi afastado, excomungado, sem direito a defesa e a recorrer no Vaticano.
Pra mim seria uma honra, pois as igrejas, inclusive a católica, sempre foi conservadora, reacionária, pedófila, milionária, política e incoerente. E com o Bolsonarismo, essa elite saiu do armário para atacá-lo, com uma extrema-direita horrorosa, que o aplaudia e depois se afastou. Em Bauru, nunca teve o merecimento que merecia e Piracicaba o homenageia hoje.
Dono de um currículo invejável, oratória rara e várias faculdades e cursos, ainda incomoda muita gente. Gentalha que recebe moções de aplausos - coisa mais medonha dada por vereadores com egos infladíssimos deveria conhecer a sua história de vida, em que eu - fiz 99 perguntas digitadas para um documentário sobre ele, como jornalista sob o número 0097110/SP e uma música, junto dos amigos Marco Abreu, da Top FM, Yago Hudson e Tânia Picolo, que sairá em breve, inédito e sem censura pois o mesmo respondeu todas as perguntas. Um minidocumentário já havia sido feito e ganhou prêmio nos EUA. Ela, elite que hoje o rejeita, tem muito de enrustimento e preconceito, que é crime.
Excomungado da sociedade são vocês, que não entendem sobre a Bíblia, interpretam literalmente, veem Deus como castigador e mau, como no Velho Testamento e na vida real cometem ilegalidades, imoralidades e atitudes antiética. Leiam os seus livros e o mais atual: 'O homem que a igreja não quis', e sigam o exemplo de Jesus pois quem é cristão não precisa falar, é só fazer a caridade e amar ao próximo.
As minorias sempre estiveram na pauta de Jesus e não enganar fiéis para enriquecer. Impostos nas igrejas já! Pois a má-fé e a maldade entraram na política com a religião, ao invés da harmonia entre as espiritualidade. Siga seu caminho Beto, no lugar que estiver. Abraços,