Sentir-se cansado e exausto ao final de uma semana corrida faz parte, todo mundo fica assim uma vez ou outra. Mas deixa de ser saudável quando a sensação de esgotamento não passa, mesmo depois do final de semana ou de alguns dias de folga.
Sabe quando a nossa cabeça não desliga e parece que falta energia para atividades simples? Pois é, é desse tipo de exaustão que falo a seguir. Entenda mais a respeito e saiba como se cuidar.
Quando o cansaço pode ser doença?
A exaustão frequente deixa de ser apenas "cansaço acumulado" e pode indicar um problema de saúde mais sério quando:
Não melhora com descanso - mesmo dormindo bem ou tirando folgas, você continua se sentindo exausta.
Vem acompanhada de outros sintomas, como febre, perda ou ganho de peso sem explicação, dores persistentes, falta de ar, palpitações, alterações de humor intensas ou dificuldade de concentração.
Afeta atividades do dia a dia, por exemplo, a queda no desempenho no trabalho, dificuldade para cumprir tarefas simples ou necessidade constante de pausas.
Surge de forma súbita e intensa, sobretudo se for acompanhada de dor no peito, falta de ar ou desmaio.
Persiste por semanas ou meses - mesmo com ajustes na rotina, alimentação e sono.
Nesses casos, é importante procurar um médico para investigar possíveis causas, que podem ir desde anemia, distúrbios da tireoide, diabetes, problemas cardíacos e pulmonares, até depressão, ansiedade ou síndrome da fadiga crônica.
Para saber como se cuidar, eu falo sobre 3 situações diferentes, da necessidade de marcar com um médico urgentemente a também olhar para ajustes da sua rotina.
1. Você precisa de ajuda médica imediata se tem:
Dor no peito, aperto ou pressão
Falta de ar intensa ou dificuldade para respirar
Desmaio ou tontura forte
Confusão mental ou fala enrolada
Febre alta persistente (acima de 39 °C)
Fraqueza súbita em um lado do corpo ou dificuldade para andar
Nesses casos onde sintomas como febre, confusão mental e falta de ar se misturam, as questões podem ser variadas, de infecções a desidratações, passando por problemas de circulação e até doenças autoimunes. Por isso, a ajuda médica é urgente - assim, o médico pede alguns exames e começa a investigar as possibilidades.
Se está próximo a alguém passando por isso, vale ajudar levando ao médico o quanto antes.
2. Quando marcar consulta para uma investigação médica
Menos urgente, mas ainda importante e com necessidade de ir ao médico é quando a exaustão:
É persistente e dura mais de 2 a 4 semanas, mesmo após descanso adequado, como um fim de semana
Vem junto de perda ou ganho de peso sem explicação
Está associada a dores musculares/articulares constantes
Causa falta de motivação, tristeza profunda ou ansiedade intensa
Vem com palpitações, suor noturno ou febre baixa recorrente
Prejudica seu desempenho no trabalho, nos estudos ou nas atividades diárias
Nesses casos, é interessante investigar questões de anemia, depressão, síndrome do pânico e até mesmo burnout. A indicação é buscar um clínico geral a princípio para indicar a você o tratamento mais adequado.
3. Quando pode ser resolvido com ajustes na rotina
Em alguns casos, você não precisa de ajuda médica, apenas repensar a rotina. Por exemplo,
Se a exaustão aparece em períodos de muito estresse ou acúmulo de tarefas
Está ligada a noites mal dormidas ou horários irregulares, com mudanças bruscas de rotina — como uma viagem a trabalho
Se o cansaço melhora quando você descansa mais, hidrata-se e se alimenta melhor
Some em alguns dias de folga ou férias
Ameniza quando você faz atividade física
Em boa parte dos casos, o cansaço é uma fase normal e vai passar com ajustes simples. De noites bem dormidas a um fim de semana feito para relaxar. Por isso, olhe com criticidade para sua rotina e questione o quão ela é saudável. Nem só de trabalho e cuidado com filhos é nossa vida, a gente precisa de momentos de qualidade - da ida à academia ao simples ato de não fazer nada.
Na dúvida, não sofra sozinho e busque um médico, pode ser até uma questão de começar terapia e saber priorizar pontos da sua vida!