Deste sábado (20) até o próximo domingo (28), Bauru recebe a 12ª edição do FestinBau - Festival de Teatro Independente de Bauru, que desde 2011 movimenta a cena cultural da cidade com atividades gratuitas de teatro, circo, dança, música, literatura e artes visuais. O evento valoriza artistas locais, amplia o diálogo com outras cidades e propõe ações para diferentes públicos, incluindo crianças e pessoas 60 , consolidando-se como referência na cena independente regional.

O FestinBau nasceu com o propósito de gerar movimentos e encontros na cidade. Desde então, se transformou em um espaço plural que articula dois eixos principais: ações artísticas, como a Mostra de Cenas Curtas, espetáculos e sarau, e ações formativas, com oficinas e laboratórios criativos. "Ao longo dos últimos anos conseguimos expandir tanto as linguagens artísticas contempladas quanto o direcionamento das atividades. Este ano, por exemplo, temos ações destinadas ao público 60 , além do 'Fazendo (P)Arte - Laboratório das Infâncias', que conta com programação para crianças", explica Talita Neves, produtora da Alumia Criativa.

A Mostra de Cenas Curtas deste ano recebeu 64 inscrições de artistas e grupos de diversas cidades, incluindo São Paulo, Campinas, RJ, Paraná, Bahia e MG. "Teremos apresentações de circo com malabarismo, palhaçaria e também os aéreos, além de dramaturgias autorais que trazem experiências pessoais e ficcionais para a cena teatral", detalha Talita. utro destaque é o caráter formativo do festival. "Entre as oficinas, destaco o Intercâmbio com a Luiza Romão, que vai conduzir o 'Laboratório de Poesia Falada'. Também teremos a Mariza Basso, com pesquisa em teatro de formas animadas, e a Andressa Giacomini, com oficina sobre a arte de narrar histórias. Receberemos Fernando Yamamoto, diretor do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare, de Natal", explica a produtora.

A gratuidade sempre se fez presente, mas os organizadores entendem que somente isso não garante o acesso. Desde o ano passado, o festival passou a direcionar algumas atividades para instituições e projetos sociais. Outro ponto importante é levar ações para diferentes espaços artísticos, como o Espaço Coletivo Vila, o Centro Cultural Tobias Terceiro, a Casa do Circo e a Casa Angá.

O evento tem recomendação etária livre para a maior parte da agenda. Os ingressos são disponibilizados uma hora antes do início das atividades. Algumas ações contam com tradução em Libras e a oficina "Atividades Circenses Neurodivertidas", conduzida por Carina Lopes e Anna Camila Alves, será direcionada para crianças com TEA.

"Nosso maior desafio está em garantir que a programação chegue até o público e que as pessoas se sintam de fato convidadas a participar. Em Bauru, temos poucos espaços artísticos independentes, o que torna essa rede de colaboração ainda mais importante", conclui Neves .