Em um mundo cada vez mais globalizado, com as fronteiras virtuais se aproximando; mais e mais pessoas buscando dupla cidadania; famílias divididas, parte num país e parte em outro; executivos, educadores, cientistas muitas vezes passando metade do ano em um hemisfério e o restante no outro, com tudo isso o conceito de pátria foi sendo relativizado.
Ao consultar diferentes dicionários, tem-se que realmente podemos flexibilizar o significado de pátria, pois temos à guisa de exemplos: "terra natal ou adotiva de um ser humano" ou "país em que se nasce ou ao qual se pertence como cidadão". Outra definição diz ser "lugar de onde alguém provém". Analisando rapidamente as opções, observa-se que cada uma tem o seu quinhão de coerência, mas a todas parece faltar um aspecto de perenidade, de definitividade, que não sofre alterações ou não pode ser mudado, ou seja, que é completo e irrefutável.
Um detalhe, todavia, encontrado nessa consulta a inúmeros léxicos, merece atenção especial: aponta um deles a pátria como "o lugar definido por ser o melhor". Enquanto cidadãos temporários de uma nação qualquer nesta passagem terrena, alguns podem ter a alternativa de escolha de a qual pátria irá pertencer, segundo os enunciados propostos acima. No campo espiritual, não alguns, mas todos têm a chance de optar pela pátria celeste, a morada eterna no céu, lugar de perfeição e felicidade para os seguidores de Deus. A bíblia ensina que nossa verdadeira pátria não é terrena, mas sim celestial, no Reino de Deus, onde aguardamos o regresso de Jesus Cristo (Filipenses 3:20).
Veja que esta afirmação é completamente espiritual, pois é uma pátria que não se vê e de onde aguardamos a volta de alguém em um tempo incerto. Somente pelos olhos da fé se pode concluir ah! essa é a pátria que eu quero. Se a conclusão é pelos olhos da fé, a decisão de nela fixar morada decisivamente não é. Há um passo a ser dado, uma escolha a se fazer para atingir esse objetivo. Nos primórdios, Deus apareceu a Abraão, fez promessa de conduzi-lo à Terra Prometida e disse "anda em minha presença e sê perfeito" (Gênesis). A parte de Abraão no pacto era obedecer a Deus. Com a vinda de Jesus Cristo - o Filho de Deus - a mensagem, com outras palavras, permaneceu: "Arrependei-vos e vinde após mim" (Mateus 4), ou seja, abandona a vida de pecado em que tens estado até agora (sê perfeito) e caminha comigo (anda em minha presença).
Não é de admirar que a mensagem seja a mesma. Jesus é o próprio Deus e Deus é imutável. A palavra de Deus não volta atrás. A promessa por Ele feita a Abraão é a mesma feita a nós; conduzir-nos ao Reino Celestial (Terra Prometida). Nossa parte no pacto? Acatar e obedecer aos ensinamentos de Jesus. Simples assim.
Complicado, no entanto, para quem é apegado às coisas deste mundo; a quem deposita sua confiança e sua segurança nos homens e nas coisas terrenas. Difícil tarefa para quem faz deste mundo imoral e corrompido seu lar, sua pátria, independente de onde esteja fisicamente. É que, para estes, a sociedade pecaminosa em que vivem oferece prazeres efêmeros, voláteis e substituíveis por outros igualmente passageiros. E isso a eles basta.
Mas para quem atentou à feliz definição de pátria ser o lugar escolhido por ser o melhor, não há dúvida que persista ou prazer temporário que resista. O melhor lugar para passar a eternidade é ao lado de Jesus, na Terra Prometida por Deus tanto nos primórdios como ainda hoje.
IGREJA BATISTA DO ESTORIL
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63 anos atuando Soli Deo Gloria