SAÚDE E BELEZA

Queda de cabelo feminina: entenda causas e tratamentos


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Enquanto nos homens a calvície é mais comum, as mulheres tendem a confundir queda de cabelo com calvície (alopecia). A questão hormonal feminina influencia bastante a queda - gravidez, interrupção de pílula e amamentação, por exemplo. Mas ainda tem estresse, anemia e uso de medicamentos que podem interferir.

E nisso, os tratamentos precisam ser bem distintos. Portanto, não basta tomar vitaminas por conta ou usar medicamentos prescritos por amigos.

A seguir, eu falo mais da queda de cabelo feminina!

Queda de cabelo não é calvície

Mesmo que muita gente confunda ainda, as diferenças são claras. A queda de cabelo é um fenômeno comum e pode ocorrer por diversos motivos, como estresse, má alimentação, alterações hormonais, pós-parto, doenças autoimunes ou uso de medicamentos. Nesses casos, a perda costuma ser temporária e difusa, ou seja, os fios caem de forma geral, mas o folículo capilar permanece ativo - o que permite a recuperação dos fios com o tratamento adequado.

Já a calvície (ou alopecia androgenética) é uma condição genética e progressiva, associada à ação da testosterona nos folículos capilares. Nesse caso, os fios se tornam mais finos com o tempo (miniaturização) até cessarem o crescimento, principalmente em regiões como a coroa e entradas.

Ou seja: toda calvície causa queda de cabelo, mas nem toda queda de cabelo é calvície - por isso é importante buscar diagnóstico com um dermatologista para identificar a causa e o tratamento ideal.

Existe calvície em mulher?

Sim, existe calvície em mulheres - é a alopecia androgenética feminina. Embora mais comum e visível em homens, ela também afeta muitas mulheres, sobretudo após os 40 anos ou em períodos de desequilíbrio hormonal (como pós-parto ou menopausa).

Na mulher, a calvície tende a se manifestar como um afinamento difuso dos fios no topo da cabeça, sem formação de entradas marcadas como nos homens. O couro cabeludo começa a ficar mais visível, mas a linha frontal do cabelo costuma ser preservada. O tratamento precoce com acompanhamento dermatológico é fundamental para controlar a progressão e estimular o crescimento dos fios.

As causas de queda de cabelo nas mulheres

São vários os fatores e os mais conhecidos e comuns são:

Estresse físico ou emocional, que pode desencadear o eflúvio telógeno (queda temporária e intensa).

Alterações hormonais, comuns na gravidez, pós-parto, menopausa ou síndrome dos ovários policísticos (SOP).

Deficiências nutricionais, como falta de ferro, zinco, proteínas, vitamina D e vitaminas do complexo B.

Doenças autoimunes, sobretudo lúpus ou alopecia areata.

Problemas na tireoide, tanto hipotireoidismo quanto hipertireoidismo podem causar queda.

Uso excessivo de químicas e calor, como tinturas, alisamentos e uso frequente de chapinha/secador.

Medicamentos, principalmente antidepressivos, anticoncepcionais, anticoagulantes, entre outros.

Genética (calvície feminina), alopecia androgenética, de origem hereditária e progressiva.

Infecções ou doenças no couro cabeludo, como dermatites, caspa intensa ou foliculite.

Perda de peso rápida ou dietas restritivas - isso reduz nutrientes essenciais ao crescimento capilar.

Os tratamentos mais indicados

Os tratamentos para queda de cabelo variam bastante e precisam ser definidos com base na causa identificada. Por isso, o primeiro passo é sempre buscar orientação médica, geralmente com um dermatologista especializado em tricologia.

Em casos de deficiências nutricionais, a suplementação com vitaminas, minerais (como ferro, zinco e biotina) e proteínas pode ser indicada. Já quando a queda está ligada ao estresse, o tratamento pode envolver mudanças no estilo de vida, apoio psicológico e até fitoterápicos.

Para causas hormonais ou quadros como a alopecia androgenética feminina, os tratamentos mais comuns incluem o uso de minoxidil tópico, finasterida oral (em alguns casos), espironolactona e terapias complementares como microagulhamento, luz de LED e aplicações injetáveis de fatores de crescimento (mesoterapia).

Também é possível associar shampoos específicos, controle de inflamações no couro cabeludo e uso de medicamentos tópicos com ativos antiqueda.

Em casos mais avançados de alopecia androgenética, especialmente quando os fios já foram perdidos de forma irreversível em certas áreas, o transplante capilar é mais uma opção.

No geral, quanto mais cedo o tratamento é iniciado, melhores os resultados. Então, não espere muito!

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