Lençóis Paulista - Levantamento divulgado pelo Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) de Lençóis Paulista (43 quilômetros de Bauru) nesta semana, como parte da programação do "Agosto Lilás", mês que simboliza a mobilização nacional pelo fim da violência contra a mulher, revela que a maioria das vítimas na cidade é branca, tem entre 30 e 39 anos e possui o ensino médio e renda de até dois salários mínimos.
O chamado "Diagnóstico da Violência Contra a Mulher em Lençóis" foi apresentado pela coordenadora do Cram, Milena Mileske, nesta quarta-feira (20), no plenário da Câmara, a membros do Executivo, Legislativo e entidades locais. Segundo o órgão, em 2024, foram registrados 514 casos de violência contra a mulher em Lençóis Paulista.
No mesmo período, 139 mulheres foram atendidas e 12 delas precisaram ser acolhidas em locais sigilosos devido ao risco de feminicídio. Em 2025, até agosto, já foram 102 mulheres atendidas pelo Cram. Medidas protetivas emitidas judicialmente somaram 169 até agosto, sendo que, durante todo o ano passado, foram registradas 134.
O estudo mostra que a maioria das vítimas possui ensino médio completo (40,8%), rendimento de até dois salários mínimos (40,29%), e se declara branca (50,36%). A mulher lençoense que mais sofreu violência tem entre 30 e 39 anos (30,22%), faixa seguida por quem tem entre 40 e 49 anos (26,62%), e entre 18 e 29 anos (21,58%).
O levantamento do Cram revela ainda que, em 2024, a maior incidência contra a mulher foi de violência psicológica, com 121 casos (85,07%); seguido da violência física, 105 (75,53%) e violência patrimonial, com 76 (54,67%). Na sequência, estão a moral, com 73 (52,51), e a sexual, com 21 (15,10%). O órgão funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h, na rua São Paulo, 501, Centro. O telefone é o (14) 3246-8884 e o número do plantão é o (14) 99826-9072.