Diante de muitas incertezas internas e até mesmo com a leitura de insegurança jurídica, muitos brasileiros estão buscando o exterior para aportar seus recursos. Isso foi potencializado recentemente devido o ambiente política brasileiro “conturbado”. O que tem levado essas pessoas a esse comportamento? Um dos motivos é proteção contra instabilidade local: medo de mudanças na legislação (ex.: impostos extraordinários, restrições a movimentação de capital, bloqueios como o que já aconteceu no Brasil nos anos 90). Também por segurança jurídica: países como EUA, Suíça, Portugal ou até mesmo Uruguai oferecem sistemas bancários estáveis e maior previsibilidade regulatória. Outro objetivo é a diversificação cambial: quem mantém parte do patrimônio em dólar ou euro está mais protegido contra desvalorização do real. Isso permite acessar produtos financeiros: bancos estrangeiros dão acesso a fundos globais, ações internacionais, e até instrumentos de proteção (hedge), além do planejamento sucessório e empresarial: muitos usam contas no exterior para organizar heranças e proteger empresas familiares.
Riscos e cuidados
Há riscos e cuidados a serem tomados. O custo e burocracia: abrir e manter conta em alguns países exige saldo mínimo alto e tarifas mensais. Compliance: bancos exigem comprovação da origem do dinheiro (combate à lavagem e evasão de divisas). Tributação: manter recursos fora do país não é ilegal, mas é obrigatório declarar à Receita Federal (no IRPF e na declaração de Capitais Brasileiros no Exterior, caso passe de US$ 1 milhão). Risco político inverso: em momentos de tensão geopolítica, países podem impor restrições até a estrangeiros (ex.: sanções a certos países).
Visão crítica
Abrir conta no exterior pode ser uma boa estratégia de proteção e diversificação patrimonial, desde que: não seja feito por pânico ou “moda”; seja parte de uma estratégia de alocação de ativos (ex.: 70% Brasil, 30% exterior, ajustando conforme perfil); o investidor esteja ciente das regras legais e tributárias brasileiras e do país de destino; se busque jurisdições sólidas, evitando “paraísos” que podem gerar problemas futuros.
Desaceleração da economia
O Banco Central (BC) informou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), registrou crescimento de 0,3% no segundo trimestre deste ano. O resultado pelo BC foi calculado após ajuste sazonal — uma espécie de "compensação" para comparar períodos diferentes. A comparação foi feita com o primeiro trimestre de 2025. O dado mostra forte desaceleração da economia. Isso porque, no primeiro trimestre deste ano, o IBC-BR teve uma expansão bem maior: de 1,5%. O crescimento do IBC-Br no 1º trimestre 2025 foi o sétimo resultado positivo seguido. A última retração do indicador foi registrada no terceiro trimestre de 2023 (-0,6%). Os dados do BC mostram que o setor de serviços foi o principal "motor" do ritmo de crescimento da economia no segundo trimestre deste ano. Ao mesmo tempo, após forte expansão nos três primeiros meses do ano, a agropecuária mostrou retração no último trimestre. Veja o desempenho setor por setor: Agropecuária: (-) 3,1%; Indústria: + 0,1% e Serviços: + 0,7%. No mês de junho o IBC-Br teve contração de 0,1%.
Arrecadação federal
A arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas somou R$ 254,2 bilhões em julho deste ano, informou a Receita Federal. O resultado representa um aumento real de 4,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a arrecadação somou R$ 243,1 bilhões (valor corrigido pela inflação). Esse também foi a maior arrecadação já registrada para meses de julho desde o início da série histórica da Receita Federal, em 1995, ou seja, em 31 anos. De acordo com a Receita Federal, o recorde na arrecadação foi obtido com ajuda do aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo dados da Receita Federal, a arrecadação do IOF ficou, em junho, R$ 756 milhões maior do que no mesmo período do ano passado (em valores corrigidos pela inflação), principalmente por conta do aumento do tributo.
Aumento da carga tributária
Nos sete primeiros meses deste ano, a arrecadação também bateu recorde histórico para o período. Além da alta do IOF, o governo também contou com o aumento de outros tributos, efetuados nos últimos anos, para melhorar a arrecadação em 2025. Tributação de fundos exclusivos, os "offshores"; mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados; retomada da tributação de combustíveis; tributação das bets; imposto sobre encomendas internacionais (taxa das blusinhas); reoneração gradual da folha de pagamentos; fim de benefícios para o setor de eventos (Perse).
Mude já, mude para melhor!
A intolerância que você cultiva contra o outro é a semente da injustiça que amanhã poderá sufocar a sua própria liberdade. Sempre é tempo para mudar. Mude já, mude para melhor!