ALERTA DE ESTIAGEM

Queda no nível do Batalha já preocupa e DAE pede uso consciente

Redação
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Douglas Willian
Nível da lagoa de captação está em 2,80m
Nível da lagoa de captação está em 2,80m

O alerta para a população de Bauru voltou a soar: a água pode faltar se não houver economia imediata. O Departamento de Água e Esgoto (DAE) informou nesta terça-feira (19) que o nível do Rio Batalha, responsável por parte do abastecimento da cidade, está em 2,80 metros — abaixo do volume ideal, que é de 3,20 metros.

Atualmente, cerca de 27% da água consumida pelos bauruenses vem do manancial, enquanto o restante é garantido por poços. Com a estiagem, a situação se torna ainda mais delicada e o risco de desabastecimento cresce. Caso não chova nos próximos dias, o DAE não descarta a adoção de um sistema de contingenciamento para garantir distribuição igualitária aos cerca de 100 mil consumidores que dependem, parcial ou integralmente, do rio.

Diante do cenário, a recomendação é clara: a população precisa economizar. O uso da água deve ser priorizado para alimentação e higiene pessoal. Banhos demorados, lavagem de carros e calçadas com mangueira, além de torneiras abertas ao lavar louças e roupas, são práticas que precisam ser evitadas para que a cidade consiga atravessar o período crítico sem colapso no fornecimento.

Investimentos 

A Prefeitura de Bauru e o DAE anunciaram em junho o programa Água de Todos, considerado o maior investimento no setor em décadas. Serão R$ 64,5 milhões destinados a ampliar a infraestrutura de abastecimento, incluindo cinco novos poços, dois reservatórios e 14 quilômetros de adutoras. A expectativa é reduzir pela metade a dependência do Rio Batalha, que passará de 27% para 12,5%.

Os novos sistemas serão distribuídos em diferentes regiões da cidade, com destaque para o Complexo de Poços e Reservatórios do Val de Palmas, que vai atender bairros como Vila Falcão, Vila Pacífico, Alto Paraíso e Vila Industrial, hoje altamente dependentes do rio. Também está prevista a ampliação da capacidade da represa do Batalha, que poderá quadruplicar sua reservação de água, passando de 130 mil para 530 mil metros cúbicos.

Apoio estadual

O município ainda busca apoio do governo do Estado por meio do Programa Universaliza, que presta suporte técnico para ações de saneamento e poderá contribuir com soluções conjuntas para reduzir o impacto da estiagem.

Economia é urgente

Apesar dos investimentos em andamento, especialistas alertam que nenhuma obra é capaz de resolver de imediato a crise hídrica que a estiagem impõe. O risco é real e imediato: se a população não colaborar, faltará água. O apelo do DAE é para que cada morador faça a sua parte, usando o mínimo necessário até que as chuvas voltem e os novos sistemas entrem em operação.

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