Prolongar o tempo de vida, retardar o envelhecimento, essas são vaidades presentes na maioria quase absoluta dos seres humanos. A ciência dá sua parcela de contribuição com descobertas tecnológicas, produção de drogas e medicamentos, evolução de conceitos médicos, tudo em nome da longevidade.
Os avanços da medicina aliados a políticas de saúde pública fizeram a expectativa de vida humana dar saltos significativos em todos os cantos do mundo. No início do século 20, nos Estados Unidos ela era de 47 anos; saltou para 77 nos tempos atuais. Na Espanha mais que dobrou, saindo dos 40 anos em 1900 para 83 em 2019. Do outro lado do planeta, no oriental Japão, a escalada também foi vertiginosa em apenas um século: pulou de 46 anos em 1925 para 85 anos em 2025. No Brasil, assim como nos EUA, o ganho foi de 30 anos, considerado o período de 1940 (45 anos) até 2022 (75 anos). Mesmo em países de conhecida vulnerabilidade, como vários da parte subsaariana do continente africano, assolados por diversas doenças contagiosas, falta de saneamento básico, altas taxas de mortalidade infantil, enormes desafios econômicos, instabilidade política, conflitos étnicos e repetidas guerras civis, a expectativa de vida teve crescimentos nada modestos, passando de aproximadamente 37 anos por volta de 1950, para 60 anos em 2025, como é caso de Moçambique, um dos dez países mais pobres do mundo.
Para alguns especialistas, estamos muito próximos de viver 120 ou 130 anos, talvez 150 a depender do estilo de vida da pessoa e dos ambientes de desigualdade socioeconômicas enfrentados. Cientistas têm se debruçado com redobrado afinco em experiências e terapias genéticas capazes de reverter o envelhecimento. Medicina personalizada e de precisão, com o auxílio da inteligência artificial, poderá ampliar os limites da vida humana, apostam. Gigantes da biotecnologia nos Estados Unidos, Europa e Ásia já investem bilhões nessa nova fronteira da saúde. Essa possível nova realidade aponta também para desafios a serem suplantados, como as consequências sociais e econômicas dos sistemas previdenciários; a maneira de nos relacionarmos com os outros, já que é incerta a qualidade de vida a ser desfrutada pelos longevos; e até o próprio conceito de modelo familiar, impactado por taxas de natalidade cada vez menores. Quando saímos do terreno científico e do egoísmo humano para nos voltarmos ao plano espiritual, vemos que a quantidade de dias desfrutados aqui na terra é menos importante que os propósitos pelos quais se vive. Viver uma vida com propósito significa encontrar direção na própria existência, indo além de metas e objetivos cotidianos. É um senso de direção interior que orienta ações e decisões ligadas aos valores e desejos mais profundos de cada indivíduo.
As Escrituras Sagradas ensinam que o propósito da vida humana está intrinsecamente ligado a Deus e à sua soberana vontade. "Muitos propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do SENHOR permanecerá" (Provérbios 19.21). Isto significa que, embora as pessoas possam fazer muitos planos e ter muitos desejos em seus corações, é o propósito de Deus que, em última análise, prevalecerá e se cumprirá. O mundo acadêmico e científico continua sua inútil corrida para tentar retardar ou frear o inexorável relógio da vida humana, sem atentar para o fato de que Deus é o Senhor do tempo e que tem um plano específico para cada acontecimento. Portanto, não devemos buscar retardar, apressar ou controlar as coisas, mas sim confiar em seu tempo determinado. Salomão, o homem mais sábio que já viveu, deixou-nos um legado de pensamentos e conselhos práticos para a vida do ser humano, e, sob a inspiração do Espírito Santo, registrou a seguinte diretriz divina: "Meu filho, não se esqueça dos meus ensinos, e que seu coração guarde os meus mandamentos, porque eles aumentarão os seus dias e lhe acrescentarão anos de vida e paz" (Provérbios 3.1,2).
IGREJA BATISTA DO ESTORIL
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63 anos atuando Soli Deo Gloria