COLUNISTA

Assunção de Nossa Senhora ao Céu


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Neste domingo, a Igreja celebra festivamente a glorificação da Imaculada Virgem Maria, Mãe de Deus, pois, ela foi elevada ao céu em corpo e alma depois de terminada a sua caminhada existencial na terra. Se a Bíblia não relata esse evento do mesmo modo como o faz com a Ascensão de Jesus, no entanto, oferece não poucos subsídios para admiti-lo como certo, tanto que inspiraram a Igreja a que, desde os primeiros séculos, professasse unanimemente essa fé. A teologia foi elaborando uma doutrina consistente que permitiu à autoridade da Igreja definir, muito tempo depois, para todo o orbe católico como verdade de fé, o que para o povo já era crença e certeza: a Assunção de Maria. Em sua piedade simples, mas genuína, os cristãos cantavam a glória de Maria assunta ao céu. O dogma da Assunção foi declarado pelo Santo Padre o Papa Pio XII, em 1950. Pinçamos do documento de declaração do Papa esta bela afirmação: "Maria foi preservada da corrupção do sepulcro e, tendo vencido a morte, como seu Filho, foi elevada em corpo e alma à glória do Céu". Tanto os que falam em morte natural de Maria quanto os que falam em sono profundo da Mãe de Deus têm seus argumentos. Os que argumentam com sua conceição imaculada deduzem essa crença no fato de que Maria não podia morrer porque foi concebida sem pecado, ou melhor, sem sombra de pecado. Os que afirmam sua morte natural lembram que Jesus era também imaculado e santíssimo e, no entanto, passou pela morte, destino de todos os filhos de Adão. As duas tradições são antiquíssimas e a Igreja sempre as considerou como questão em aberto. A doutrina da Igreja vê a Assunção como a Páscoa de Maria, a sua vitória da vida sobre a morte e como uma continuação da Páscoa, Ressurreição e Ascensão do Senhor. Afirma que Maria é o fruto mais perfeito, amadurecido na cruz de Jesus Cristo, o mais rico troféu da sua vitória pascal. Proclama que a vitória de Maria é a vitória da fé. Convida-nos, cristãos devotos seus, a olharmos para a realidade de nossa vida e a determo-nos na reflexão sobre o significado do mistério de Maria para nós. Por exemplo, que a Assunção consagra também o nosso corpo, sendo um sinal de esperança para nós, uma imagem da realidade de nossa vida e a determo-nos na reflexão sobre o significado do mistério de Maria para nós. Mais ainda, que a Assunção consagra também o nosso corpo, sendo um sinal de esperança para nós, uma imagem da realidade futura do destino que nos espera. A Assunção de Maria, baseada na ressurreição de Cristo, é, pois, uma alegre antecipação da nossa ressurreição. Pois, como ouvimos na segunda leitura da santa Missa deste domingo - 1 Cor 15, 20-27 - em Cristo e por Cristo, que ressuscitou como primícias, ela foi entregue ao Pai em toda a sua glória. A primeira leitura - Ap 11,19; 12,1.3-6.10 - diz que de fato, o sinal grandioso que apareceu no céu é de uma mulher vestida de ouro, que tem a lua sob seus pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça. Esta é a Santíssima Virgem coroada Rainha do Universo, a Mãe de Deus e nossa. Dessa forma Maria foi exaltada por Deus. No santo Evangelho da solenidade da Assunção - Lc 1,39-56 - ouvimos o canto do Magnificat no qual Maria rendeu grande ação de graças a Deus que olhou para a humildade de sua serva e nela fez grandes coisas. Ela proclamou a misericórdia de Deus manifestada de geração em geração, Ele que dispersou os homens de coração orgulhoso, depôs dos tronos os orgulhosos e exaltou os humildes. Maria, tendo entrado na eternidade de corpo e alma tornou-se para a humanidade a "feliz porta do céu, para sempre aberta".

Para demonstrar a Nossa Senhora o nosso grande amor e a extraordinária confiança que lhe devotamos, vamos louvá-la rezando esta fórmula tão antiga quanto nova que gostamos de rezar: "Nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tivesse recorrido à vossa proteção, ó Senhora, fosse por vós desamparado". E rezemos uma "Ave Maria".

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