PISTA DE ATLETISMO

Prefeitura diz ter projeto estimado em R$ 9 milhões para Milagrão

Por Bruno Freitas | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Bruno Freitas
Piso estragou por falta de cuidados
Piso estragou por falta de cuidados

O governo Suéllen Rosim (PSD) informa ter um projeto estimado em R$ 9 milhões para resolver os problemas da pista de atletismo do Estádio Antônio Milagre Filho, o popular Milagrão — abandonado há anos pelo poder público. A informação foi obtida pelo JC/JCNET junto à assessoria de imprensa do município após a notícia dos veículos motorizados que invadiram o local nesta semana (leia mais abaixo).

De acordo com a prefeitura, o projeto foi elaborado pela Secretaria de Infraestrutura (Obras) e inclui a reconstrução vestiários, arquibancadas, duas quadras e a recuperação da pista de atletismo, que custou aos cofres públicos R$ 4,5 milhões em 2012. Este investimento à época, inclusive, já foi perdido, admitiu a Semel no ano passado.

Ainda segundo o governo, o município busca recursos estaduais e federais para viabilizar a obra, cujo prazo depende da chegada deste dinheiro público. A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT), por meio do presidente da entidade, Wlamir Motta Campos, prometeu ajudar. Ele vistou a pista no dia 12 de fevereiro deste ano.

Entenda o caso

Conforme o JC/JCNET noticiou, a pista de atletismo voltou a ser utilizada também por condutores de veículos motorizados. O flagrante foi registrado em vídeo divulgado nesta terça-feira (12) nas redes sociais. Nos últimos anos, a mesma pista também foi invadida por carros, motos e cavalos. Desta vez, foram jovens em bicicletas motorizadas que circularam livremente, sem ao menos usarem capacetes, equipamentos obrigatórios de segurança.

Desperdício milionário

Atualmente, no Milagrão, existe um “esqueleto de concreto” não finalizado e a pista de corrida — que sozinha custou R$ 4,5 milhões em 2012 — perdeu suas condições de uso para treino profissional. O espaço, que sediou dois Jogos Abertos do Interior, não recebe manutenção regular há pelo menos seis anos e meio. O piso cedeu, formou bolhas e atualmente, inclusive, representa risco para atletas.

No final de 2019, tiveram início as obras de modernização do complexo, localizado na quadra 9 da avenida Waldemar Guimarães Ferreira, entre o Jardim Prudência e o Nova Esperança, região Noroeste. A entrega estava prevista para março de 2020. O investimento seria de R$ 2.209.710,11, sendo R$ 1.805.000,00 de repasse federal, via convênio entre a prefeitura e o Ministério do Esporte, e R$ 404.710,11 como contrapartida municipal.

O projeto previa arquibancadas modernizadas, posto de apoio, prédio com vestiários e sala de fisioterapia. Mas, no início de 2021, o contrato foi rompido unilateralmente pela prefeitura sob a justificativa de que a empresa terceirizada não executou o serviço conforme o previsto. Houve prorrogação para abril de 2021, porém a obra permaneceu paralisada com apenas 31,4% de execução. A prefeitura aplicou multa de R$ 372.453,35 e a empresa foi impedida de participar de novas licitações no município.

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O presidente da CBAT, Wlamir Motta Campos, e o secretário da Semel à época, Roger Barude, em fevereiro (foto: Bruno Freitas)
O presidente da CBAT, Wlamir Motta Campos, e o secretário da Semel à época, Roger Barude, em fevereiro (foto: Bruno Freitas)

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