SAÚDE E BELEZA

Tratamento em regiões com pintas: o que é preciso saber


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Se você está sempre em dia com os tratamentos de pele ou pretende começar algum tipo, o primeiro passo é garantir que seu médico dermatologista recomenda o tratamento a ser feito, após uma análise profunda da sua pele. Isso porque nossa pele pode apresentar pintas que merecem um olhar médico apurado.

Afinal, o câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil. A boa notícia é que ele tem alta chance de cura quando detectado precocemente. Então, quando a região da pele a ser tratada é bem examinada, existe mais segurança e tranquilidade. Eu falo mais sobre isso na coluna de hoje.

O que fazer se existem pintas na região da pele a ser tratada?

Antes de qualquer procedimento estético sobre a pele, é fundamental realizar uma avaliação cuidadosa de todas as lesões pigmentadas presentes na área a ser tratada. Essas lesões podem apresentar ampla variação em termos de cor, tamanho, formato, relevo e bordas.

Em alguns casos, alterações nesses aspectos tendem a indicar condições dermatológicas relevantes, incluindo o risco de câncer de pele, como o melanoma.

Por isso, a recomendação mais segura é de que todas as pintas sejam previamente examinadas por um médico dermatologista, antes do início de qualquer intervenção. A identificação de sinais de alerta - como assimetria, bordas irregulares, múltiplas tonalidades, diâmetro superior a 6 mm, ou mudanças recentes no aspecto da lesão - deve levar à suspensão imediata do tratamento local até que haja um diagnóstico médico conclusivo.

Tenha atenção também a sintomas como coceira persistente, dor, sangramento espontâneo ou formação de crostas também são considerados critérios clínicos relevantes para investigação.

Profissionais não médicos não devem manipular ou aplicar substâncias químicas sobre essas lesões sem autorização expressa de um profissional de saúde habilitado. Quando houver pintas na região que será tratada, é prudente utilizar barreiras de proteção física, como gaze estéril, filmes protetores ou protetores de silicone, para isolar a lesão durante o procedimento.

Essa precaução é muito importante e permite evitar irritações, traumas ou reações adversas que possam alterar o aspecto da lesão e dificultar seu acompanhamento clínico posterior.

Como agir quando a pele apresenta pintas e manchas suspeitas?

As lesões pigmentadas da pele devem ser submetidas a monitoramento contínuo, sobretudo se você apresenta múltiplas lesões, histórico familiar de câncer de pele ou fototipo claro (pele, olhos e cabelos claros).

Alterações no aspecto dessas lesões ao longo do tempo costumam ser indicativos de transformação maligna ou de outros distúrbios dermatológicos. Entre os sinais de alerta estão:

Aumento progressivo do tamanho da pinta, especialmente de forma assimétrica;

Mudança na coloração, como escurecimento, aparecimento de áreas pretas, azuladas, avermelhadas ou despigmentadas;

Alterações nas bordas, que podem se tornar irregulares, dentadas ou pouco definidas;

Surgimento de sintomas, como coceira, dor local, ardência, sangramento espontâneo ou formação de crostas;

Elevação súbita ou mudança na textura da lesão, como enrijecimento, descamação ou exsudação.

A presença de qualquer uma dessas modificações justifica uma reavaliação imediata com um médico dermatologista, preferencialmente por meio de exame clínico detalhado e dermatoscopia digital para documentação e acompanhamento longitudinal. Quando necessário, exames complementares ou biópsia podem ser indicados.

Deu para perceber por que você precisa consultar um dermatologista antes de qualquer tratamento? É mais garantia de saúde pra você!

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