ECONOMIA

Inflação x Taxa de juros


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A inflação oficial brasileira, medida pelo IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo, subiu 0,26% em julho, atingindo 5,23% no acumulado de 12 meses. Diante deste cenário, os juros cairão? Atualmente a taxa básica está em 15% ao ano e há um elemento crucial que impede a queda nos juros: a política fiscal frouxa praticada pelo atual governo federal. A dívida pública tem aumentado e neste cenário os investidores, para serem estimulados a financiar o governo, comprando os títulos públicos, exigem taxa de juros mais elevada, ou seja, querem uma compensação financeira pelo risco que estão assumindo (risco de calote). Ainda há que se considerar os conflitos geopolíticos e as tarifas americanas. Mesmo que a inflação esteja mais comportada, a leitura é que a taxa de juros se mantenha elevada pelo menos até o fim do ano. A ver.

Inflação na Argentina

A inflação na Argentina foi de 1,9% em julho, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). O resultado veio em linha com a expectativa de economistas. O dado representa uma aceleração em relação aos 1,6% de junho. Enquanto isso, o índice acumulado em 12 meses até julho foi de 36,6%, abaixo dos 39,4% registrados no mês anterior.

Vendas no varejo em queda

As vendas no comércio ficaram no vermelho em junho: queda de 0,1%. O IBGE considera o resultado estável. Foi o terceiro mês seguido sem crescimento para o setor. No primeiro semestre, o varejo teve uma alta de quase 2%.

Serviços subiram

O volume do setor de serviços do Brasil cresceu 0,3% em junho em relação a maio e teve alta de 2,8% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os dados são do IBGE. Com isto, o setor acumula ganho de 2,0% desde fevereiro e renova o ponto mais alto de sua série, alcançado em outubro de 2024.

Inadimplência

As famílias estão cada vez mais endividadas e a inadimplência cresce. Números recentes apontam que 30,2% da população tem alguma dívida em atraso. Seguem dicas para evitar o endividamento. 1. Faça um diagnóstico financeiro realista. Liste todas as dívidas, com valores, taxas de juros, vencimentos e credores. Saber exatamente o tamanho do problema é o primeiro passo. 2. Corte gastos supérfluos imediatamente. Reduza ou elimine despesas não essenciais, como assinaturas que não usa, refeições fora de casa e compras por impulso. 3. Renegocie as dívidas Entre em contato com bancos e credores para buscar prazos maiores, descontos à vista ou redução de juros. Muitas vezes há campanhas de renegociação. 4. Priorize dívidas com juros mais altos. Comece pagando as dívidas mais caras (como cartão de crédito e cheque especial), mantendo as demais no pagamento mínimo para evitar multas. 5. Evite novas dívidas: Enquanto estiver no processo de quitação, não use cartão de crédito, cheque especial ou empréstimos que não sejam para substituição de dívida cara por uma mais barata.

Mais dicas

6. Busque renda extra. Venda bens que não usa, faça trabalhos temporários ou freelances para aumentar a entrada de dinheiro. 7. Crie um orçamento mensal rígido. Separe o que é para moradia, alimentação, transporte e parcelas de dívidas, e siga à risca. 8. Substitua dívidas caras por mais baratas. Se possível, troque um crédito pessoal ou rotativo de cartão por um consignado ou crédito com garantia, que têm juros menores. 9. Use entradas extras com inteligência. 13º salário, bônus ou restituição de imposto devem ir prioritariamente para amortizar dívidas. 10. Mude hábitos para não voltar ao endividamento. Controle gastos, evite compras impulsivas e mantenha uma reserva de emergência para não recorrer a crédito caro no futuro.

Reserva de emergência

Crie uma reserva de emergência (3 a 6 meses de despesas), com o objetivo de se proteger contra imprevistos sem precisar recorrer a dívidas. Dicas para destinar os recursos: Tesouro Selic (LFT): seguro, rendendo próximo à Selic, liquidez D 1, garantido pelo Tesouro Nacional. CDB de liquidez diária: protegido pelo FGC (até R$ 250 mil por CPF por instituição). Fundos DI com taxa zero: se não quiser investir direto no Tesouro.

Mude já, mude para melhor!

A verdadeira justiça não apenas pune o culpado, mas ergue o injustiçado. Sempre é tempo para mudar. Mude já, mude para melhor!

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