No dia11 deste mês, a Academia Bauruense de Letras comemorou seu trigésimo segundo aniversário, vida relativa e historicamente curta mas repleta de surpresas com uma produção e glória que muitos e mesmo a sociedade bauruense desconhecem.
Solenidade galhardamente dirigida por sua presidente Olynda Aparecida Bassan Franco, completa, histórica, linda e marcante realizada na Ordem dos Advogados do Brasil OAB, com enfoques do mínimo ao esplendor. Quem esteve presente ficou feliz, curtiu, é testemunha e por certo a manterá guardada em sua memória relembrando alguns pontos de sua rica e surpreendente programação marcada pelo amor, calor humano, declamações, leituras e apresentações. O JC fez cobertura com belíssimas fotos publicadas em sua coluna social Destaques/Especial na edição de 19-21.
Nada foi esquecido na referida solenidade, de grandes fatos, eventos culturais a detalhes; os intelectuais que foram presidentes, seus acadêmicos que já partiram ou que, por motivos de saúde estão impossibilitados de a frequentarem deixando o nome gravado na história da ABL e na memória dos que tiveram a felicidade de conhecê-los participando de encontros e eventos culturais. Muitos amigos e conhecidos já me perguntaram querendo saber o que é a Academia Bauruense de Letras.
Tenho respondido que a ABLBauru assim como outras congêneres é uma sociedade cultural, pessoa jurídica com estatuto registrado em cartório, regimento interno, constituída por pessoas inspiradas e vocacionadas à cultura e arte escrita, proclamada, cantada e criada. Seus membros tratam-se como confrades e confreiras, portadores de inegáveis e maravilhosos dons são verdadeiramente apaixonados pela língua portuguesa, pela arte e cultura. Sua produção é dinâmica, contínua, inimaginável.
Como eu admiro e respeito meus confrades e confreiras pois, cada, com sua inspiração é o máximo e surpreende; são possuidores de tesouro em seu coração. A ABLBauru tem um quadro de 40 membros acadêmicos, cada um ocupa uma cadeira e tem o seu patrono. A minha Cadeira é 29 e o meu Patrono é o escritor pernambucano João Correa das Neves que escreveu sobre política e ferrovias. Reúne-se na terceira segunda feira do mês em sua sede própria localizada no edifício Comercial, Rua Batista de Carvalho 4-33, 11º andar em sala recentemente doada por uma acadêmica.
O meu ingresso à ABL deu-se durante a presidência do ator Munir Zalaf por indicação do saudoso colega Professor Rodolpho Pereira Lima. Além dos 40 membros efetivos ela tem agregados, honorários e correspondentes. Seus membros honorários são Alberto Consolaro, José Alberto de Souza Freitas (Doutor Gastão), Marcos Pontes, Osires Silva e Plínio da Silva Macêdo. Mantém intercâmbio cultural contínuo com outras Academias como Jaú, Lençóis Paulista, Ribeirão Preto, de outros estados e países.
Aqui em Bauru desenvolve trabalho contínuo em várias escolas públicas procurando desenvolver nos alunos participantes o amor à cultura e a descoberta de futuros valores. Muitos amigos têm me perguntado, e com razão, o porque de não aparecer nas fotos com os demais acadêmicos nos vários eventos e tenho- lhes respondido de que não é por motivo de minha saúde mas sim de minha esposa, pois sessenta e seis anos de casamento obrigam-me a fiéis e intransferíveis compromissos.
No ocaso deste meu escrito ressalto meus queridos e inesquecíveis colegas confrades da ABLBauru Joaquim Simões Filho e Josefina Campos Fraga que, por motivo de saúde não podem mais estar presentes às reuniões e festividades levando o amor que lhes é natural e contagiante. Joaquim Simões Filho, inesquecível colega do Curso de Pedagogia na antiga FAFIL e ela, Josefina, a professorinha de escola isolada de Presidente Alves e da qual fui inspetor Minha homenagem final à incansável lutadora responsável que em 1993 consolidou sua existência, a Professora Celina Lourdes Alves Neves.
Para esta querida Jovem cheia de vida e promissora Academia Bauruense de Letras, meus parabéns pelas trinta e duas velinhas!