Manifestantes da direita de Bauru se reuniram, na manhã deste domingo (3), a avenida Getúlio Vargas, em Bauru. A manifestação teve início por volta das 10h, com falas políticas, leitura de um trecho bíblico e o canto do Hino Nacional. O vereador Eduardo Borgo (Novo) foi o principal orador. Para ele, a principal exigência dos manifestantes é pela liberdade.
Em sua fala, Borgo criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e defendeu o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, a aprovação de uma lei de anistia para envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e o chamado “voto auditável” (registro físico do voto eletrônico). Segundo Borgo, o protesto em Bauru integra uma série de manifestações sem liderança definida que ocorrem em todo o País. “É um movimento espontâneo do povo pelo povo”, afirmou.
Após os discursos, os manifestantes caminharam até a quadra 5 da rua Ignacio Alexandre Nasralla, onde empunharam bandeiras do Brasil e aplaudiram motoristas que buzinavam em apoio. Um dos gritos mais ouvidos era: “A nossa bandeira jamais será vermelha”.
Presente no ato, o aposentado Francisco Pedroso, de 69 anos, avaliou a manifestação como pacífica e defendeu a união entre os brasileiros. “O povo está meio perdido. Tem muita divisão e isso nunca teve serventia para nada”, disse.
Já Arthur Kato, também aposentado, de 60 anos, destacou a importância da participação nos atos. "Acho que tem que sair às ruas. Mostrar a cara, perder o medo e exigir os nossos direitos", afirma.
De acordo com a Polícia Militar, cerca de 500 pessoas estavam presentes no protesto deste domingo. Um novo ato, organizado por outros grupos de direita, está previsto para a tarde de hoje, mas sem ligação direta com a manifestação matinal.
Fotos: Guilherme Matos/JC