Veja só.
A celebre frase 'o sol nasce pra todos' é desde há muito tempo ouvida e anunciada como fala sábia. No entanto, constantemente estamos vendo ações não racionais e de maneira contraria a essa grande realidade.
O sempre nasce para todos. Algo tão óbvio que, às vezes, ao parar para refletir sobre tal narrativa, chega a causar certo constrangimento e a necessidade de filosofar sobre tão megera e contrária argumentação.
Dia desses fui surpreendido por uma pessoa que estava na fila do caixa do supermercado quando ela entrou em minha frente e nada disse. Simplesmente, entendeu por si só que eu não poderia estar ali na fila oferecida como de exclusividade a idosos.
Uma conclusão vaga e óbvia de que não se pode sair pelas ruas e tirar análises por si só. Até aqui tudo bem. Foi algo ocorrido comigo e não carrego isso como motivo de queixas ou rivalidades, mas de reflexão.
Nos ensinamentos apresentados pelas religiões universais, em sua plenitude sempre veremos que os beneplácitos oferecidos por elas são de caráter coletivo; nas instituições de ensino em todo mundo as narrativas e transmissão dos conhecimentos se dá o direito ao aprendizado, exclusivamente, de forma coletiva; em uma família onde há pais e filhos, é obvio que tudo o que se compartilha é de maneira harmoniosa e igualitária.
O que isso tem a ver comigo?
Nada?
Será?
Ainda que o sol não apareça amanhã, sabe-se que ele está lá. A vida é uma dádiva, para que ela serve se não for para ser compartilhada. Ledo engano de quem pensa, acredita e se alimenta da ideia de que não necessitamos uns dos outros.
Preciso e necessito refletir se as mudanças que ocorrem no mundo estão com minhas, ainda que mínimas participações... e se essas mudanças são benéficas a todos que nele habitam.
Por fim, fato é que importa e deve sempre importar eu ter, assim como você também!