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Chuvas de junho compensam déficits na bacia do rio Lençóis

da Redação
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Kátia Sartori
De janeiro a junho, reservas do rio Lençóis foram de 49,70% das cotas nominais, bem próximo dos 50% recomendados
De janeiro a junho, reservas do rio Lençóis foram de 49,70% das cotas nominais, bem próximo dos 50% recomendados

O mês de junho de 2025 registrou um superávit pluviométrico na bacia do rio Lençóis que compensou, em 45,7%, os déficits do primeiro trimestre. Durante os 30 dias do mês, choveu, em média, 72% a mais que as cotas máximas do padrão histórico da bacia. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (28) pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Lençóis (CBH-RL).

De acordo com o órgão, Agudos obteve o maior índice de chuvas da bacia hidrográfica em relação às cotas máximas históricas para junho, com 80% além do habitual, seguido por Borebi, onde choveu 53% a mais; Lençóis Paulista, com 52% de excedente; e São Manuel, com 48% além das cotas máximas históricas.

Os déficits registrados no primeiro trimestre deste ano chegaram a - 800 mm (negativos). Com o superávit de junho, os déficits de chuvas foram reduzidos para - 434 mm (negativos) no acumulado anual na área da bacia. Para efeito de comparação, de janeiro a abril de 2024, déficits foram de - 1.000 mm (negativos).

Segundo o Comitê, na reunião da Câmara Técnica do CBH-RL, representantes do setor agrícola da região relataram alguns prejuízos devido à falta de chuvas no primeiro trimestre deste ano, quando o solo costuma armazenar o excedente hídrico para meses seguintes, historicamente com menores volumes de chuvas.

"Em muitas áreas de cultivo de cana-de açúcar na região, por exemplo, houve relatos de perdas significativas de produtividade e desenvolvimento de lavouras", cita.

Por outro lado, o órgão pontua que a compensação hidrológica de junho impactou nos volumes das reservas úteis do rio Lençóis em relação ao mesmo período de 2024.

"De janeiro a junho de 2025, as reservas hidráulicas do rio Lençóis fecharam em 49,70% das cotas nominais, bem próximo dos 50% recomendados, muito melhores que no mesmo período de 2024", diz.

A situação atual, conforme o Comitê, é considerada equilibrada, com a escassez de chuvas do início do ano compensada em junho, o que atenuou os riscos de outra estiagem severa como a registrada em 2024, que foi considerada pelo órgão a pior em mais de 100 anos.

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