SAÚDE E BELEZA

Estresse e pele: tudo sobre essa relação e como se cuidar mais


| Tempo de leitura: 3 min

Você pode não ter reparado ou pensado ser mera coincidência. Mas, passados dias muito estressantes, a pele talvez tenha ficado mais oleosa, ou as olheiras mais marcadas. Se bobear, até surgiu alguma acne.

Pois saiba que não tem nada de coincidência aí. O estresse realmente afeta a boa saúde da pele e é sobre isso que conto mais, inclusive dicas para se manter saudável.

Por que quando nos estressamos a pele acaba impactada?

Quando estamos estressados, nosso cérebro ativa o eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal (HHA), responsável por preparar o corpo para a resposta de "luta ou fuga". O resultado disso é a liberação de cortisol e outros hormônios, como adrenalina. A questão é que o cortisol, quando em níveis elevados por períodos longos, traz efeitos negativos, sobretudo para a pele.

O motivo é que o cortisol é conhecido por ser um hormônio imunossupressor, ou seja, ele diminui a atividade do sistema imunológico em situações de estresse crônico. Essa diminuição da defesa imunológica traz vulnerabilidade da pele a infecções, inflamações e doenças.

E tem mais: o cortisol ainda tende a afetar as células de defesa da pele, que são responsáveis por detectar e eliminar organismos patogênicos. Se a função desses grupos celulares for prejudicada, a pele fica mais suscetível.

Quais são os impactos do estresse na pele?

Uma vez que você se estressa por períodos prolongados, e vive num estado de alerta constante, esses são os impactos mais comuns:

1. Aumento de oleosidade e acne

O cortisol, quando liberado em excesso, vai estimular as glândulas sebáceas a produzirem mais óleo. Esse aumento de oleosidade, combinado com o acúmulo de células mortas e sujeira, entope os poros, causando inflamações e surgimento de acne.

2. Envelhecimento precoce

O cortisol também tem um efeito destrutivo sobre o colágeno da pele, responsável por dar firmeza e elasticidade à pele, e sua degradação é um dos principais responsáveis pelo aparecimento de rugas e pela perda de elasticidade. A exposição prolongada ao estresse e níveis altos de cortisol acelera esse processo de envelhecimento.

3. Secura e irritação

O estresse crônico tem impacto na barreira cutânea, que é a camada protetora da pele. Na prática, temos um aumento na perda de água da pele, deixando-a mais seca e propensa a irritações. Assim, há condições para problemas de eczema, psoríase e dermatite.

4. Inflamação

Quando o cortisol fica muito alto, ele pode afetar o sistema imunológico, deixando a pele mais vulnerável a inflamações. Nesse caso, as consequências são surtos de doenças de pele, como rosácea ou psoríase, ou agravamento de condições existentes.

5. Problemas de cicatrização

O cortisol também afeta a capacidade do corpo de cicatrizar feridas. O excesso de cortisol tende a interferir no processo de cicatrização, deixando a pele mais lenta para se recuperar de lesões, cortes ou acne.

6. Alterações na cor da pele

Estresse constante pode afetar a circulação sanguínea, levando a uma aparência de pele mais opaca ou com tons desiguais, já que a pele não recebe nutrientes e oxigênio suficientes para manter sua vitalidade.

Então, o melhor a ser feito é gerenciar seu estresse

É natural que a gente se estresse - a questão é o excesso de estresse por longos períodos. Por isso, algumas dicas vêm a calhar:

Faça exercícios físicos, a prática regular de esporte ajuda a reduzir os níveis de cortisol.

Busque técnicas de relaxamento, como meditação, yoga e respiração profunda, para ajudar a controlar o estresse.

Durma bem à noite, pois o descanso é fundamental para a produção de hormônios equilibrados, incluindo o cortisol.

Tenha uma rotina de cuidados com a pele, como hidratar a pele, usar produtos adequados para o seu tipo de pele e evitar o uso excessivo de cosméticos agressivos. O uso de vitamina C e produtos antioxidantes também ajuda.

Não se esqueça de pedir ajuda médica, seja no gerenciamento do estresse ou nos cuidados com a pele.

Comentários

Comentários