OPINIÃO

O poder de ser diferente

Por Hilário Nunes da Silva |
| Tempo de leitura: 1 min

Em um mundo onde a dor frequentemente se transforma em arma, há pessoas raras — verdadeiramente raras — que escolhem não revidar.

Gente que, mesmo ferida, machucada no mais profundo da alma, se recusa a se tornar igual àqueles que a feriram.

Esse é um poder que não se mede pela força física, pela resposta imediata ou pelo orgulho vingado. É um poder silencioso, firme, que brota da coragem de não se deixar corromper.

De não devolver na mesma moeda, mesmo quando essa moeda veio afiada, cravada na carne, marcada com o veneno da injustiça.

Essas pessoas não são fracas. Pelo contrário: são gigantes. Porque escolher o bem quando se tem todos os motivos para fazer o mal é a mais elevada forma de liberdade. É prova de que a dor pode até tocar, mas não define.

Que é possível sangrar sem perder a essência. Que a luz continua existindo, mesmo nas sombras mais densas.

Quem tem esse poder não carrega o peso do ódio, mas a leveza da paz. E isso, no fim das contas, é o que mais cura — a si mesmo e, talvez, até quem feriu.

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