OPINIÃO

'Ainda há vagas!'

Por Professor Sinuhe |
| Tempo de leitura: 2 min

As placas mais restringem, delimitam, que seduzem ou incentivam! A monossílaba "não" é figurinha repetida em cartazes, placas ou advertências! O mundo que acha que tudo seja possível está, irremediavelmente, pessimista!

Os restaurantes, as lojas, as empresas possuem suas pesquisas, nem sempre precisas, quanto ao nível de seu atendimento, culinária ou produção! Apresentam blocos, anotações ou avisos sobre críticas e sugestões e elogios existem? São possíveis? Não seriam bem-vindos?

E quanto à educação? Promessa eterna de políticos, de filósofos, educadores, pedagogos, e, claro, professores e professoras! As perguntas a que mais respondo atualmente, de mente nem tão atual, são se ainda dou aulas, se me aposentei ou há quantos anos dou aula. Respostas possíveis e nem sempre aceitáveis!

Um dia, perguntei a Gérson "Duda" Trevizani por que ele estava na educação. ele, surpreendentemente, respondeu-me: "A educação é a minha cachaça, não vivo sem ela". Duda foi ao céu em um Dia do Professor, há oito anos, faz falta a Bauru, aos meus aprendizados e, óbvio, à educação!

O que mais se ouve é que o mundo mudou ou o trágico lugar-comum: "Os alunos não querem mais nada!" Será? Professores se dizem heróis e heroínas, a sala de aula é a Liga da Justiça? Não entendo nada de Marvel ou Dc Comics, mas queria ser o Batman, que sai da escuridão para o cotidiano nem sempre tão claro!

Certa vez , um mestre disse que "aluno é aquele ser sem luz". Achei triste e reflexivo, prefiro achar que são a luz, no fim do túnel? Talvez! Alunos e alunas são variações, alumiam, iluminam ou brilham, depende de quem os "acende"! São luzes que vagam à espera de um porto seguro, são vagalumes na escuridão da atual educação!

Acredito neles e nelas, leciono no Colégio Rembrandt, lá há artistas de todo tipo e em um mundo tão egoísta, eles e elas são altruístas, sim, pensam no próximo que pode ser o último!

Vão à Vila Vicentina, todos os meses, darem vida àqueles e àquelas que acham não a mais têm, regidos pela Mestra Sônia Moser, escrevem caras, fazem festas, cantam abraçam os seres que ainda quer ser naquela entidade, lindo demais!

Para a festa junina deste ano, milhares de alimentos, leites, cobertores, objetos de limpeza foram arrecadados pelos alunos e alunas dos ensinos Fundamental e Médio, quando vi, chorei, acreditei, sobrevivi como professor e pessoa! É verdade o que já ouvi falar: "A Luz é mais veloz que o Som!".

O grito dos professores e professoras vem depois da luz de alunos e alunas, deixem-nos (docentes e discentes) estacionar, ainda há vagas!

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