SAÚDE E INFÂNCIA

Campinas tem queda na mortalidade infantil em 2025

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
Indicador caiu para 8,03 por mil nascidos vivos, superando a meta oficial e reforçando os avanços no cuidado com gestantes e recém-nascidos.
Indicador caiu para 8,03 por mil nascidos vivos, superando a meta oficial e reforçando os avanços no cuidado com gestantes e recém-nascidos.

Campinas registrou redução na taxa de mortalidade infantil no primeiro quadrimestre de 2025, atingindo o índice de 8,03 a cada mil nascidos vivos, segundo dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde durante audiência pública na Câmara nesta quarta-feira (28). O resultado representa queda de 1,26 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado, quando o indicador era de 9,29.

  • Clique aqui para fazer parte da comunidade da Sampi Campinas no WhatsApp e receber notícias em primeira mão.

O desempenho está abaixo da meta municipal de 9,9 e se aproxima dos índices verificados em países desenvolvidos, onde a média gira entre 8 e 9. Considerada uma das métricas mais relevantes na avaliação da saúde pública, a taxa mede as condições de vida e a qualidade da assistência oferecida às crianças de até um ano.

De acordo com a pasta, a melhora no índice é atribuída à ampliação das políticas públicas voltadas à primeira infância, incluindo o fortalecimento do pré-natal, campanhas de vacinação, incentivo à amamentação e aumento na capacidade de atendimento de UTIs neonatais para partos de alto risco.

É um indicador que Campinas tem muito orgulho e trabalha para manter abaixo de dois dígitos. Encontramos poucos municípios em nosso país que conseguem atingir essa meta”, destacou Érika Cristina Jacob Guimarães, diretora do Departamento de Gestão e Desenvolvimento Organizacional (DGDO).

O relatório também apontou crescimento no atendimento ao binômio mãe-bebê nas unidades básicas de saúde. Para Andréa Maria Campedelli Lopes, coordenadora da área da criança e do adolescente da Saúde municipal, o cuidado nas primeiras semanas de vida é essencial para identificar riscos precoces e evitar complicações. “Esse atendimento inicial pode garantir a saúde da mãe e do bebê, prevenindo agravamentos”, afirmou.

Dados do quadrimestre

Entre janeiro e abril deste ano, Campinas contabilizou 3.236 nascidos vivos, com 57% dos partos realizados na rede pública (SUS), 41% por convênios particulares e 2% com origem ignorada. Em igual período de 2024, foram 4.065 nascidos, sendo 56% via SUS, 41% por convênio e 3% ignorados.

A cidade conta com 68 centros de saúde para o acompanhamento de gestantes, além dos hospitais Maternidade de Campinas e PUC-Campinas, que recebem os partos realizados pelo SUS. Na rede estadual, os partos são realizados no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), da Unicamp.

Casa da Gestante

Outro ponto de destaque é o trabalho da Casa da Gestante, localizada no Jardim Guanabara, que acolhe mulheres em situação de rua ou vulnerabilidade social. O espaço funciona em convênio com o Instituto Padre Haroldo desde 2015 e oferece, além de moradia temporária, atendimento pré-natal, apoio jurídico, vacinação, assistência à documentação e acompanhamento após o parto.

Comentários

Comentários