
Agudos - Sete vereadores de Agudos (13 quilômetros de Bauru) criticaram, nesta segunda-feira (19), o "adiamento" da sessão ordinária suspensa pelo presidente da Câmara Joster Aparecido de Melo para que todos acompanhassem uma reunião na prefeitura. Segundo eles, os trabalhos deveriam ter sido retomados diante do quórum para o reinício. O presidente diz que a sessão será realizada na próxima segunda (26), a partir do momento em que foi interrompida.
Em nota conjunta, os vereadores Rosamaria, Pedrinho do Fórum, Auro Octaviani, Xixo Danelon, Juninho Artioli, Felipe Terra e Tita Pardin afirmam que os trabalhos legislativos foram abertos às 14h e suspensos após pedido via requerimento do vereador Tita Pardin, aprovado por unanimidade em plenário, para que eles participassem de reunião no Executivo sobre o reajuste dos salários do funcionalismo público.
"Ficou acordado que, após a reunião, todos os vereadores voltariam e seguiriam normalmente os trabalhos em plenário", diz a nota. De acordo com os parlamentares, além do percentual de aumento proposto, de 5,3%, relativo apenas à reposição da inflação, a polêmica redução nos valores dos plantões na UPA prometia movimentar a sessão, o que, na avaliação deles, levou o presidente a não retomar os trabalhos.
Os vereadores argumentam que Melo contrariou o Regimento Interno da Casa, justificando que ele deveria ter cancelado a sessão ao invés de suspendê-la. Eles avaliam levar o caso ao Ministério Público (MP). "Compareceram de volta aos trabalhos sete vereadores, sendo maioria, e com isso teria quórum para o reinício da sessão ordinária. O plenário é soberano e nem isso foi respeitado", cita a nota conjunta.
O presidente declarou que quando uma sessão é suspensa ela pode ser retomada na semana seguinte. "E seguem os trabalhos normalmente a partir daquilo que não foi apreciado na sessão anterior", declara. Ele também alegou que tomou a decisão em razão do horário do término na reunião na prefeitura.