Enquanto pacientes lutam por vagas de internação na rede pública de saúde, uma situação inusitada e angustiante revolta uma jovem mãe de 22 anos. Seu bebê, de apenas 12 dias, totalmente saudável, permanece internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal, mesmo sem necessidade clínica, apenas por falta de vaga no berçário para avaliação final com uma fonoaudióloga.
A criança nasceu no dia 2 de maio e, nas primeiras horas de vida, apresentou um leve desconforto respiratório. Por precaução, foi encaminhada à UTI, mas, após a realização de todos os exames, ainda na mesma noite, recebeu alta médica da unidade intensiva. No entanto, para ir para casa, precisava ser avaliada por uma fonoaudióloga no berçário — e é aí que a situação se complicou.
De acordo com a mãe, a vaga no berçário nunca foi disponibilizada, mantendo seu bebê em um ambiente hospitalar de maior risco, onde ocupa um leito essencial para outras crianças em estado crítico.
“Meu bebê não tem comorbidade alguma, mama no seio, não está com soro, é o bebê mais estável da UTI. Além da demora, ele ocupa um lugar que poderia salvar outra criança”, desabafou a mãe, visivelmente abalada.
Segundo ela, nesta terça-feira, 13, a Santa Casa chegou a informá-la de que uma vaga havia sido disponibilizada. Contudo, ao chegar à recepção, foi surpreendida por enfermeiras que negaram a existência da vaga. Minutos depois, descobriu que outro bebê foi colocado à frente de seu filho.
"Ligaram-me dizendo que ele tinha conseguido a vaga, mas colocaram outro bebê no lugar dele. Isso não se faz com uma mãe”, afirmou ela, indignada.
Outro lado
A reportagem procurou a Santa Casa de Franca sobre o caso, mas não obteve resposta até o fechamento deste texto.
Comentários
1 Comentários
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Darsio 15/05/2025Nossa! Até vaga em berçário de hospital, o Tarcísio de Freitas está negando! E aí, 60% dos francanos que aprovam o Tarcísio! O que tem a nos dizer?