SÃO PAULO

Policiais cobram propina de funkeiros para arquivar investigações

Por | da Folhapress
| Tempo de leitura: 1 min
Reprodução/@mcghdo7_/Instagram
MC GHdo7 é um dos que pagou propina para que investigação fosse arquivada.
MC GHdo7 é um dos que pagou propina para que investigação fosse arquivada.

Quatro policiais civis de Santo André foram presos na manhã desta sexta-feira (25) em operação da Polícia Federal e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público, suspeitos de cobrarem propina de funkeiros para não investigarem rifas ilegais sorteadas por redes sociais.

Leia mais: Policiais são presos suspeitos de receber propina de traficantes

Os policiais presos são lotados no 6º Distrito Policial de Santo André. A operação, chamada de Latus Actio 3, tem apoio da Corregedoria da Polícia Civil.

A SSP (Secretaria da Segurança Pública) foi questionada, mas não respondeu até a publicação deste texto.

Segundo a PF, são cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Santo André, Mauá e São Paulo. A Justiça também decretou a quebra do sigilo bancário dos investigados.

A operação desta sexta-feira acontece na esteira da "Operação Latus Actio" e da "Operação Latus Actio 2", deflagradas, respectivamente, nos dias 12 de março e 12 de dezembro de 2024, quando uma organização criminosa criada para cobrar propinas dentro do DP foi identificada - naquela ocasião, um policial foi preso preventivamente e outro afastado do serviço.

De acordo com as apurações, havia instauração de procedimentos de Verificação de Procedência de Informações por parte dos policiais supostamente para apurar a prática de rifas ilegais feitas realizados por influenciadores em suas redes sociais, o que poderia configurar contravenção penal por exploração de jogos de azar e crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. Contudo, segundo a PF, o verdadeiro objetivo dos policiais era tirar dinheiro dos investigados e seus respectivos advogados, com a contrapartida de não continuar com as investigações.

Comentários

1 Comentários

  • LUIS ROBERTO ROMERO 25/04/2025
    Não acredito em polícia.