Vivemos numa época em que se espera que tudo seja explicado, cada passo justificado, cada atitude defendida como se estivéssemos em julgamento constante. Mas há uma sabedoria antiga, quase esquecida, que nos convida ao silêncio — não como fuga, mas como força.

Quem te conhece de verdade não precisa de explicações. Essas pessoas enxergam além dos atos e das palavras.

Elas sentem a tua essência, entendem os teus silêncios e leem o que está nas entrelinhas do teu olhar. Para elas, teus erros são apenas partes do teu caminho, e tuas escolhas, mesmo que difíceis de compreender, são respeitadas.

Já quem não gosta de ti... Ah, essas pessoas usarão qualquer justificativa contra ti, até mesmo as tuas próprias palavras. Não se trata de verdade ou razão. Trata-se de disposição. E quem não está disposto a te compreender, tampouco ouvirá com o coração aberto.

Por isso, há momentos em que a melhor resposta é o silêncio, a melhor defesa é a paz de quem sabe quem é. Porque no fim, viver é isso: seguir em frente com a consciência tranquila e o coração limpo, ainda que o mundo grite ao redor.

O autor é colaborador de Opinião.