A Comissão de Obras da Câmara de Bauru tem pressa para ver sair do papel o projeto urbanístico da avenida Água do Sobrado, demanda já bastante antiga e até agora pendente de implementação entre a rua Bernardino de Campos e avenida Castelo Branco.

Em audiência pública realizada no início do mês, o vereador Mané Losila (MDB), presidente do colegiado, afirmou que a medida é importante sobretudo para desafogar vias que ligam o Centro à região Oeste. O emedebista reconheceu que algumas intervenções já foram feitas, mas ponderou que ainda há gargalos a serem resolvidos.

O parlamentar citou, por exemplo, os frequentes congestionamentos na avenida Castelo Branco e na rua Bernardino de Campos, que comumente registra acidentes em horários de pico. Nesse aspecto, o projeto à avenida Água do Sobrado é visto pelo vereador como solução definitiva à questão viária.

Secretária de Planejamento de Bauru, Rafaela Foganholi disse aos parlamentares que o projeto urbanístico ainda não foi concluído. Sem isso, acrescentou a titular da Secretaria de Obras, Pérola Zanotto, não é possível elaborar ou contratar projetos complementares - responsabilidade de sua pasta.

Diretor da Secretaria de Meio Ambiente (Semma), Sidnei Rodrigues observou durante a discussão que há outros fatores em torno do projeto da avenida. Entre eles está a opção pela canalização do córrego Água do Sobrado ou eventuais desapropriações na área, dois cenários que dialogam com o fato de o curso d'água ser cercado por uma Área de Proteção Permanente (APP), nos termos do Código Florestal Brasileiro. Isso significa, emendou o diretor da Semma, que o ideal é executar o projeto em etapas.

Para Aníbal Ramalho, diretor da Emdurb, a solução definitiva para os problemas de trânsito da região é a construção da avenida Água do Sobrado, o que implica a criação de duas faixas de rolamento, estacionamento e ciclovia em cada sentido.