PROGRAMA VIDA LONGA

CDHU usará produtos feitos por detentos em projeto na região


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Divulgação
Além de artefatos de alumínio, são produzidos bancos e rampas
Além de artefatos de alumínio, são produzidos bancos e rampas

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) assinou um Acordo de Cooperação Técnica com a Fundação "Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel" (Funap) para adquirir produtos desenvolvidos por pessoas privadas de liberdade nos cursos profissionalizantes da fundação, como móveis, peças de madeira, como rampas de acesso, pergolados, bancos e assentos, e artefatos de alumínio, concreto, entre outros. Ao longo dos próximos meses, deverão ser equipadas 236 unidades do Vida Longa, sendo 28 dessas na cidade de Agudos, que devem ser entregues no final de 2025. Posteriormente, poderão ser incluídas outras modalidades de empreendimentos construídos pela CDHU.

>A parceria entre os órgãos visa à implementação de programas, projetos e ações conjuntas para a valorização e capacitação profissional, inovação e pesquisa de pessoas privadas de liberdade (PPL), em cumprimento de pena nos regimes fechado e semiaberto, sob a custódia da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo. Há também projetos modelados para o desenvolvimento de artefatos de concreto, tais como blocos estruturais e de vedação, pisos intertravados, elementos vazados e outras peças. Por fim, existem projetos também para produção de estruturas e pórticos em alumínio e de kits para instalação hidráulica e elétricas para unidades habitacionais. A aquisição desses produtos produzidos pelos participantes nas oficinas-escolas do projeto e utilizados pela CDHU ocorrerá por contrato de compra e venda específico.

Durante a assinatura do acordo, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco, afirmou que a parceria poderá se estender e ampliar no futuro, abrangendo um leque maior de contratos e convênios específicos. "Estamos começando com a aquisição dos móveis, mas enxergamos uma possibilidade de muitas novas parcerias com a Secretaria de Administração Penitenciária, por meio da utilização da mão de obra das pessoas privadas de liberdade, oferecendo, assim, oportunidade e revertendo esse serviço para o bem da população paulista", falou.

O Secretário da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, Marcello Streifinger, falou que, dentre os 208 mil presos do Estado, há uma grande parcela esperando oportunidades de aperfeiçoamento e trabalho. Segundo ele, a parceria com a Companhia é um ótimo exemplo para outras entidades se espelharem e buscarem também essa mão de obra. "Um dos grandes entraves que temos é a colocação dessa mão de obra no mercado. A CDHU e a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, junto com a Secretaria da Educação, estão, em verdade, atuando em nome do Governo do Estado de São Paulo, que está deixando de ser o espectador para ser o operador, ao utilizar esse enorme potencial. É uma virada de chave".

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