PROJETO DE LEI

Governo Lula quer que pena para receptação de celulares aumente

Por Raquel Lopes | da Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/SSP/Governo de SP
Celulares recuperados pela Polícia Civil de SP em operações no início do ano
Celulares recuperados pela Polícia Civil de SP em operações no início do ano

O Ministério da Justiça e Segurança Pública encaminhou ao Palácio do Planalto um projeto que propõe o aumento das penas para o crime de receptação de bens como celulares, dispositivos eletrônicos, cabos, fios e outros itens roubados ou furtados.

O objetivo é intensificar o combate à prática de delitos realizados sob encomenda de organizações criminosas que exploram o mercado paralelo de produtos.

A pena mínima pode passar de um ano de detenção para um ano e quatro meses ou um ano e seis meses. Já a máxima, de quatro anos para cinco anos e dois meses ou seis anos.

O projeto também cria o crime de furto qualificado, quando o delito é cometido por encomenda para fins comerciais.

"Ou seja, será crime grave furtar algo para vender depois, especialmente se for feito como parte de um negócio, seja legal ou ilegal. O objetivo é desmantelar quadrilhas que vivem desse tipo de crime. A venda de produtos roubados ? incluindo serviços ilegais, como os chamados gatonet e os aparelhos TV box piratas ?também será enquadrada como crime grave", segundo a pasta.

Recentemente, o presidente Lula (PT) disse que não permitirá "a república de ladrão de celular" no país, durante cerimônia de inauguração do Hospital Universitário do Ceará.

"É por isso que estamos apresentando uma PEC da Segurança para que a gente possa dizer que o Estado é mais forte que os bandidos. Lugar de bandido não é na rua assaltando, assustando e matando pessoas. É esse país que a gente vai construir", afirmou.

De acordo com o Ministério da Justiça, também fará parte do crime de receptação quem adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, tiver em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ofertar, prestar, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio.

A proposta também abrange a receptação entre familiares. Atualmente, quem compra um item roubado de um parente pode não ser punido. Com a mudança, essa brecha será fechada.

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