
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu arquivar, nesta sexta-feira (28), a investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Gutemberg Reis, relacionados à suposta fraude nos certificados de vacinação contra a Covid-19. A decisão foi tomada após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitar o encerramento do caso.
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De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), não foram encontradas evidências suficientes para confirmar a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que havia afirmado seguir ordens do ex-presidente para falsificar os documentos. A delação de Cid segue válida e suas declarações foram utilizadas no processo referente à tentativa de golpe de Estado, no qual Bolsonaro é réu.
A PGR esclareceu que, embora não tenha sido possível comprovar a fraude, não descartou que o crime tenha ocorrido, ressaltando a ausência de provas para confirmar a versão apresentada na delação. A Polícia Federal (PF) havia identificado dados falsificados no cartão de vacinação de Bolsonaro, que foram posteriormente removidos do sistema do Ministério da Saúde.
Apesar da conclusão da investigação sobre a fraude nos certificados de vacinação, Bolsonaro e os outros envolvidos (deputado Gutemberg, Mauro Cid e 14 pessoas) foram indiciados por associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema público de saúde. A PGR afirmou que não há provas suficientes para vincular diretamente Bolsonaro ao crime, mas indicou que o deputado Gutemberg Reis incentivou a vacinação nas redes sociais e pode ter tomado a vacina.
No depoimento, Cid relatou que Bolsonaro solicitou a falsificação do cartão de vacina tanto para ele quanto para sua filha, Laura.
*Com informaçôes do g1