Botucatu - Após investigação conduzida de forma conjunta pela Seção de Investigação Geral da 1.ª Delegacia de Ponta Porã (MS) e pela Delegacia de Bofete, com o apoio da Delegacia de Atendimento à Mulher de Ponta Porã, a Polícia Civil prendeu um casal suspeito de envolvimento no homicídio de Marisa Aparecida dos Santos Domingues, que desapareceu no dia 8 de dezembro de 2019, aos 41 anos, em Bofete, na região de Botucatu.
Na ocasião, o dentista G.A.C. e sua esposa A.P.C. (apenas as iniciais foram divulgadas) eram proprietários de uma clínica onde a vítima trabalhava como recepcionista. Após o desaparecimento de Marisa, segundo a Polícia Civil, os dois fugiram da cidade sem deixar pistas sobre o que havia ocorrido. O caso gerou grande repercussão e investigações conduzidas pela Delegacia de Bofete apontam que a vítima pode ter sido assassinada pelo casal.
Os dois foram presos pela Polícia Civil em Ponta Porã, na última sexta-feira (14), durante o cumprimento de mandados de busca e de prisão expedidos pela Vara Única da Comarca de Porangaba. "A integração entre as Polícias Civis de Mato Grosso do Sul e São Paulo foi essencial para a prisão", disse a Polícia Civil de Botucatu em nota. Agora, as investigações prosseguem visando esclarecer as motivações do homicídio e localizar o corpo da recepcionista.
Relembre o caso
Conforme divulgado pelo JC na época, Marisa foi vista pela última vez pelo ex-marido, por volta das 7h do dia 8 de dezembro de 2019, na residência dela, na rua das Palmeiras, no bairro São Marcos. O homem contou à polícia que eles tomaram café juntos até por volta das 7h45 e que, na sequência, foi embora.
Ele disse que ao retornar depois, por volta das 9h, encontrou a porta da casa entreaberta. O celular da ex-mulher também estava no imóvel, mas ela não foi localizada. A Polícia Militar (PM) foi acionada e o carro dela, assim como a residência, foram periciados. O caso passou a ser investigado pela Polícia Civil.
Em janeiro de 2020, a delegada responsável pelo caso, Simone Alves Firmino, representou à Justiça pela decretação das prisões temporárias do dentista G.A.C. e de sua esposa A.P.C. após manchas de sangue serem encontradas nos veículos da vítima e do suspeito do crime, mas o casal não foi localizado.