
Jaú - A Secretaria de Meio Ambiente de Jaú (47 quilômetros de Bauru) informou, nesta quarta-feira (12), que a associação responsável pela coleta e destinação de pneus armazenados em uma área do Centro de Promoção Municipal (Ceprom) começou a recolher os materiais. De acordo com a pasta, representantes da entidade informaram que novas coletas devem ser realizadas até sexta-feira (14) com objetivo de zerar o estoque acumulado.
"Reforçamos que a área do Ceprom funciona apenas como um depósito temporário para que esses pneus não sejam abandonados em outros pontos da cidade e que a Prefeitura, por diversas vezes, solicitou que os materiais fossem retirados ao longo do último mês, sem sucesso", afirmou a pasta, em nota.
Conforme divulgado ontem pelo JC, a montanha de pneus armazenados sem qualquer proteção no espaço municipal foi divulgada pela pégina Tem Coisas Que Só Acontecem em Jaú e gerou preocupação entre os moradores da cidade, sobretudo pelo fato de que os materiais podem servir de criadouros para o Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como a dengue.
Nesta terça-feira (11), um técnico da Agência Ambiental de Bauru da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) vistoriou o local e constatou o descarte irregular. O órgão informou, por meio da assessoria de imprensa, que, no momento, avalia a penalidade a ser aplicada ao município.
Procurada pela reportagem, a administração municipal declarou que a logística reversa dos pneus inservíveis é uma responsabilidade legal de fabricantes, importadores e distribuidores, que criaram uma associação para contratar empresas especializadas para a coleta e destinação final dos produtos.
Segundo o Executivo, a empresa responsável pela coleta na região suspendeu as retiradas agendadas, alegando que cimenteiras que utilizam os pneus triturados como combustível estavam com os fornos desligados. "Com isso, pneus começaram a se acumular no ecoponto", declarou.
A prefeitura revelou que estuda a possibilidade de formalizar denúncia ao Ministério Público (MP) e explicou que equipes municipais realizam vistorias periódicas ao local e adotam medidas preventivas, como a aplicação de sabão em pó nos pneus, para evitar a proliferação de vetores.