Bauru carrega hoje um peso difícil de suportar: a marca da conivência com a barbárie. Com 17 votos a favor e apenas 4 contrários, a Câmara Municipal concedeu a Jair Bolsonaro o título de cidadão bauruense. Um homem que não apenas desprezou a dor de um País inteiro durante uma pandemia, mas que exalta torturadores, propaga ódio contra mulheres, negros, indígenas, LGBTQIA e trabalhadores. Um homem que fez da fome, da miséria e da violência política suas bandeiras. Um homem que articulou um golpe contra a Democracia, o Estado de Direito e a Soberania das Urnas.
Essa decisão mancha a história de Bauru. Enquanto cidades por todo o Brasil buscam resgatar a dignidade e a democracia, a maioria dos vereadores optou por honrar um defensor da ditadura, um inimigo declarado da Justiça Social e dos Direitos Humanos. Não há desculpa. Não há justificativa.
O que houve foi uma escolha. Uma escolha para aplaudir um político que incentivou a destruição da Amazônia, que desprezou os mortos da Covi, que fez piada com a fome do povo e que sabotou a Ciência e a Educação.
Quem votou a favor desse título não pode alegar ignorância. Fez isso de caso pensado, sabendo exatamente o que Bolsonaro representa. São iguais. E quem são os responsáveis por essa vergonha?
Quem carrega agora essa mancha na história da cidade são: Eduardo Borgo (Novo), autor do vergonhoso projeto, Junior Rodrigues (PSD); Lokadora (Podemos); Edson Miguel (Republicanos); André Maldonado (PP); Segalla (União); Beto Móveis (Republicanos); Marcelo Afonso (PSD); Cabo Helinho (PL); Mané Losila (MDB); Julio Cesar (PP); Sandro Bussola (MDB); Pastor Bira (Podemos); Dário Dudario (PSD); Emerson Construtor (Podemos); Marcio Teixeira (PL); Arnaldinho Ribeiro (Avante).
Bauru não esquecerá. E cada um desses nomes estará sempre associado a essa escolha vergonhosa.