Olha o Carnaval aí, gente! Tempo de alegria, de música alta, de fantasias coloridas e do pé que se solta no asfalto quente. É o Brasil pulsando no compasso do tamborim. Mas cuidado: enquanto você dança, alguém pode estar preparando um passo errado para o seu bolso. Todo ano, milhões de foliões se jogam na festa, investem no brilho da purpurina, nos ingressos de festas badaladas, nas passagens para destinos sonhados. E no meio desse movimento frenético, os oportunistas - aqueles que não batem bumbo nem tocam cuíca - fazem a festa de outro jeito: com golpes.
Os números assustam. De acordo com levantamento do Instituto DataSenado, em parceria com a Nexus, um em cada quatro brasileiros acima de 16 anos foi vítima de golpe digital nos últimos 12 meses. São mais de 40 milhões de histórias interrompidas por um clique errado, uma transação apressada, um QR Code suspeito. A tecnologia facilitou a vida, mas também ampliou as armadilhas. O cartão por aproximação, por exemplo, é prático, mas nas mãos erradas, é convite para prejuízo. O PIX, tão eficiente quanto instantâneo, pode se tornar vilão se os dados do destinatário não forem conferidos com calma. Basta um descuido, e o dinheiro some em segundos. E aí, amigo, pode ser um longo enredo até conseguir reaver o que foi perdido.
Os especialistas alertam: nunca perca o cartão de vista ao pagar uma conta. Digite a senha protegendo o visor da maquininha, não compartilhe códigos de segurança e, se desconfiar de qualquer transação, corra para o aplicativo do banco e altere a senha. Golpes de phishing também não tiram férias: aquele link com promoção imperdível pode ser só um atalho para a dor de cabeça. E não, o Wi-Fi gratuito da praça pode parecer uma mão na roda, mas muitas vezes é só uma rede armada para capturar seus dados sem que você perceba. Acredite, o sinal aberto nem sempre significa boas intenções.
No meio da euforia da avenida, ninguém quer pensar nisso. Mas é preciso. O Carnaval, assim como a vida, é para ser vivido sem arrependimentos. Então, vista a fantasia, encha o peito de samba e, acima de tudo, mantenha o olho vivo. Porque o malandro pode até ser esperto, mas o folião bem informado é sempre um passo à frente.