O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Vital do Rêgo, avaliou que com o envelhecimento da população no Brasil e a queda dos nascimentos, ou seja, as chamadas "mudanças demográficas" em curso, a Previdência Social é uma "bomba que não vai parar de explodir". Em 2023, o governo estimou que o rombo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sistema público que atende aos trabalhadores do setor privado, deve mais que dobrar até 2060 e quadruplicar até 2100. Dados do Tesouro Nacional mostram que, somente com o pagamento de benefícios previdenciários a aposentados e pensionistas do INSS foram gastos cerca de R$ 960 bilhões em 2024. Para este ano, a previsão é de que este valor supere a marca inédita de R$ 1 trilhão. Essa é a maior despesa primária do governo federal.
Inflação nos supermercados
O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS em parceria com a Fipe, registrou uma inflação de 0,51% em janeiro de 2025. Este índice, que mede a variação dos preços de produtos nos supermercados paulistas, desacelerou tanto em relação a dezembro (0,75%) quanto ao mesmo período do ano anterior (0,74%). Com isso, a inflação acumulada em 12 meses nos supermercados do estado caiu de 6,02% para 5,78%, entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025. Entre os segmentos que compõem o índice, os produtos in natura destacaram-se com a maior alta de preços, alcançando um aumento de 4,17%. Já as categorias de produtos industrializados, bebidas não alcoólicas e artigos de higiene e beleza apresentaram elevações mais moderadas, com aumentos de 0,75%, 0,58% e 0,55%, respectivamente. Por outro lado, houve deflação em alguns produtos, como semielaborados, que apresentaram uma queda de 0,79%, além de deflações mais leves em itens como bebidas alcoólicas (-0,21%) e artigos de limpeza (-0,36%).
O que provocou a desaceleração?
A desaceleração da inflação em janeiro foi impulsionada pela queda nos preços de produtos básicos como arroz e feijão, que apresentaram uma deflação de 2,02%. Essa diminuição reflete a tendência de alívio observada desde o segundo trimestre de 2024, com destaque para a retração do feijão, que caiu 2,18%, e o arroz, com uma diminuição de 1,95%. No acumulado de 12 meses, a deflação dos cereais atingiu 5,61%, beneficiando o orçamento das famílias paulistas.
Em relação aos produtos semielaborados, que registraram deflação de 0,79% em janeiro, destaque para a redução nos preços do leite (-2,37%), cereais (-2,02%) e carnes, como a suína (-1,01%) e bovina (-0,08%). O preço da carne bovina, embora praticamente estável, ainda registra uma alta de 25,75% no acumulado de 12 meses, impactado pela demanda externa e pela valorização da carne brasileira no mercado internacional
Taxa de desemprego
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,5% no trimestre terminado em janeiro, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Houve aumento de 0,3 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior, terminado em outubro, quando a taxa era de 6,2%. Ao todo, 7,2 milhões de pessoas estão sem emprego no país, um crescimento de 5,3% na comparação com o trimestre anterior.
Emprego formal
O Brasil gerou 137,3 mil empregos formais em janeiro deste ano, informou o Ministério do Trabalho e Emprego. Ao todo, segundo o governo federal, foram registradas em janeiro: 2,27 milhões de contratações; 2,13 milhões de demissões. O resultado representa queda de 20,7% em relação a janeiro do ano passado, quando foram criados cerca de 173,2 mil empregos com carteira assinada. O setor do varejo foi o único que teve resultado negativo no mês.
Inflação do aluguel
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de fevereiro, confirmando as expectativas de alta da inflação. O IGP-M avançou 1,06 por cento em fevereiro, uma alta expressiva ante os 0,27 por cento de janeiro. O índice acumula alta de 1,33 por cento no ano e 8,44 por cento nos últimos 12 meses. Com o resultado, os aluguéis que têm data base em março terão reajuste de 8,44%.
Agenda econômica da semana
Ficar de olho na divulgação dos principais eventos econômicos da semana, ajuda a entender as possíveis oscilações do mercado. Na primeira semana de março, entre os dias 3 e 7, os destaques são: segunda-feira (3) - Boletim Focus; terça-feira (4) - Carnaval; quarta-feira (5): Sondagem dos Gerentes de Compras, Índice de Preços ao Produtor (IPP), ambos no Brasil e nos Estados Unidos, Livro Bege; na quinta-feira (6): IPC da Fipe e Produção Industrial no Brasil e nos Estados Unidos, Pedidos de Auxílio Desemprego; sexta-feira (7): PIB de 2024 no Brasil, Payroll (empregos não-agrícolas) nos Estados Unidos e Inflação na China. Bancos não abrem na segunda e na terça de carnaval. Fique atento!
Mude já, mude para melhor!
Que este mês março que se inicia seja repleto de conquistas, momentos inesquecíveis e muita felicidade. Que cada dia traga novas esperanças e motivos para sorrir. Mude já, mude para melhor!