OPINIÃO

Eunice Paiva e o Alzheimer

Por Nei Silva Lima |
| Tempo de leitura: 1 min

O brilhante livro de memórias de Marcelo Rubens Paiva nos surpreende pela afetividade, delicadeza, sutileza e precisão de uma testemunha ocular.

Tudo que ocorreu com aquela família acontece, aconteceu e acontecerá em muitas outras mundo afora (menos a ditadura, por favor!).

Não estamos imunes de acidentes como o que o acometeu (mergulho em banco de areia, acidentes automotores também que levam à deficência física) e ao alzheimer, sempre estudado mas ainda um mistério. Com Eunice não foi diferente.

E me veio na memória as histórias de parentes que cuidaram e cuidam de pacientes com essa enfermidade. Dona Izaura, avó do Igor, prima Maria de Lins, tão bem assistida pela filha Vera e o apoio dos irmãos, a Filomena que partiu recentemente e agora a prima Olga.

Cuidadoras de noite e de dia.

A vida social acaba e a família mergulha nessa rotina de cuidar com dignidade e amenizar o triste apagamento da memória.

Antigamente falávamos que fulano estava esclerosado, ciclano ficou esquecido da memória, beltrano perdeu a razão.

A saúde mental, a lucidez é o maior prêmio que podemos receber com o avançar da idade, mas somos perecíveis.

Ninguém ficará para semente, mas que seja com muita dignidade e todos os recursos que a medicina oferece!

Mas nada disso foi mais terrível, cruel e assombroso que a prisão, tortura, morte e desaparecimento do corpo de Rubens Beyrodt Paiva.

Força e coragem a todos os familiares que cuidam de parentes com essa enfermidade.

A vida vale a pena! Vamos Sorrir!

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