OPINIÃO

Lamento da inocência

Por Luiz Fernando Ordani |
| Tempo de leitura: 1 min

Apenas sou eu, se é que sou...

Sombras de passado, projeção de futuro inacabado, presente que não se consolidou;

Um algo a mais, um algo a menos...

Misto de emoção e sentimentos, em profusão de pensamentos, sou eu em meu próprio detrimento!

A lágrima sincera que secou, o sorriso franco e discreto que restou...

Embaixo de uma árvore, debaixo de escombros, sou aquilo que ficou;

Entre feras e feridos, gritos e gemidos...

Entre os muitos que se levantaram, resto daquilo que não foi escolhido;

Sou eu, se é que sou!

Sombra de existência majestosa de outrora que passou, chuva mansa de olhar perdido e soturno que sobrou...

Cantando por glórias do passado, amargando o fel de pretérito pretenso, projeto inacabado!

Sou olhar lançado ao infinito, sou a beleza que envelheceu e se perdeu num vale de aflitos...

Sou eu, se é que sou...se vida é algo que já se acabou, a despeito de eu mesmo, ainda resisto.

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