Um mapa interativo criado pelo paleontólogo californiano Ian Webster revela que Campinas já existia no planeta há 600 milhões de anos, cerca de 70 milhões de anos antes da Explosão do Cambriano, marco da diversificação da vida. Disponível online, a ferramenta mostra como localidades mudaram ao longo de 750 milhões de anos, com base em modelos geológicos do geólogo Christopher Scotese, que detalham o movimento das placas tectônicas.

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Há 750 milhões de anos, no Período Ediacarano, o supercontinente Pannotia dominava a Terra, e a vida começava a emergir nos oceanos — mas Campinas ainda não aparecia nos registros. Já há 600 milhões de anos, a cidade estava entre um deserto e uma massa de gelo, submersa em um oceano, conforme estudos da Unicamp. No Ordoviciano tardio, há 450 milhões de anos, próxima a uma extinção em massa, a região estava congelada, com os mares cheios de vida e os primeiros recifes de corais.

Após a extinção do Permiano, há 250 milhões de anos, no Triássico Inferior, Campinas estava junto à África, entre desertos e matas, coincidindo com o surgimento dos dinossauros. No fim do Mesozoico, há 66 milhões de anos, uma nova extinção eliminou os dinossauros não-avianos, e a cidade já ocupava uma posição geográfica semelhante à atual, com poucas variações. O mapa também permite explorar eventos como o aparecimento das primeiras flores e dos primeiros répteis.