OPINIÃO

Entrelinhas

da Redação
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A Prefeitura de Bauru encaminhou ontem à Câmara projeto que cria três novas secretarias: a de Governo, destinada a relações institucionais; a de Habitação, que se incumbirá de políticas públicas homônimas, e a de Comunicação. Ainda não há informações sobre a estrutura ou o organograma de cada pasta.

Alfinetou

O vereador Eduardo Borgo (Novo) alfinetou o presidente da Câmara, Markinho Souza (MDB), ao notar que o dirigente da Casa não pautou para a sessão da próxima segunda (24) a proposta que concede título de Cidadão Bauruense ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em mensagem encaminhada a vereadores na sexta (21), Borgo ressaltou que, "antes de propor o projeto, conversei com dezenove vereadores, sendo que dezesseis vereadores concordaram em votar favoravelmente".

Recado

Markinho, por sinal, deu um recado claro aos colegas da Casa na semana passada ao rejeitar um requerimento da Comissão de Justiça pedindo parecer da Procuradoria Legislativa sobre determinado projeto. A medida significa que o colegiado deverá cada vez mais elaborar os próprios pareceres em vez de simplesmente se apoiar na manifestação da Procuradoria.

Incomodou

A caneta do presidente, porém, pode estar indo longe demais - ao menos na avaliação da vereadora Estela Almagro (PT). A parlamentar disse à coluna que prevê representar contra a Mesa Diretora da Casa ante uma decisão do presidente que indeferiu um pedido de informações feito pela Comissão Interpartidária.

Justificou

O presidente justificou a decisão a partir, segundo Estela, de uma interpretação extensiva do regimento interno - que limita a cinco a quantidade de requerimentos que cada parlamentar pode apresentar na semana, mas não trata, ao mesmo tempo, dos requerimentos de comissões, que sempre tiveram caminho livre.

Contexto

Na legislatura anterior, por exemplo, a Comissão de Fiscalização e Controle, da qual Estela era presidente, formalizou 37 requerimentos enquanto colegiado, 19 dos quais autorizados pelo próprio Markinho quando ocupou a presidência no biênio 2021-2022.

Movimentação

O indeferimento ao pedido de informações da Interpartidária, de toda sorte, evidencia uma virtual ordem do governo dada no início do ano - e noticiada por esta coluna - para desidratar toda e qualquer estratégia de adversários. O colegiado, afinal, é o único comandado pela oposição.

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